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Lugar sagrado dos povos indígenas recebe oficina de Salvaguarda
Foto: Ana Gita de Oliveira/Iphan-Flickr
Sagrado, referência, fundamental. Inscrita no Livro de Registro dos Lugares, em 2006, a Cachoeira de Iauaretê ou Cachoeira da Onça corresponde a um lugar de referência fundamental para os povos indígenas. Entre os dias 23 e 27 de julho de 2022, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) realizou Oficinas de Salvaguarda para as comunidades locais. O objetivo foi retomar a mobilização de detentores com vistas a iniciar processo de sistematização do Plano de Salvaguarda e fomentar a organização de um coletivo deliberativo, instância representativa dos detentores responsáveis pela gestão do bem.
Nesse sentido, as oficinas foram espaços de compartilhamento de conhecimentos e formulação de estratégias, visando fortalecer a sustentabilidade do Bem e de seus detentores, bem como garantir o direito ao conhecimento e ao fortalecimento das práticas tradicionais às gerações futuras, apropriando-se das diferentes ferramentas e criatividades do presente.
Nesse sentido, destaca-se a participação efetiva dos jovens e a importância das relações intergeracionais estabelecidas durante as oficinas. Ao final do evento, todos os presentes nos quatro dias de atividades ganharam certificados de participação.
Cachoeira de Iauaretê – Lugar Sagrado dos Povos Indígenas dos Rios Uaupés e Papuri
Corresponde a um lugar de referência fundamental para os povos indígenas que habitam a região banhada pelos rios Uaupés e Papuri, reunidos em dez comunidades, multiculturais na maioria, compostas pelas etnias de filiação linguística Tukano Oriental, Aruak e Maku.
A Cachoeira de Iauaretê é localizada na região do Alto Rio Negro, distrito de Iauaretê, município de São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas. Para as comunidades multiculturais locais, a Cachoeira de Iauaretê é seu lugar sagrado, onde está marcada a história de criação da humanidade e o surgimento de suas respectivas etnias.
O conjunto de lajes e pedras da Cachoeira de Iauretê formam condições estruturantes da organização social, redes de trocas, criação de plantas e animais, transmissão de saberes, sistemas alimentares, benzimentos, proteção à saúde e às visões de mundo dos 23 povos da região do Rio Negro.
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