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DIVERSIDADE LINGUÍSTICA
Língua indígena Aikanã pede passagem no Inventário Nacional de Diversidade Linguística (INDL)
Com o objetivo de implementar ações voltadas à salvaguarda da língua indígena Aikanã e destacar sua relevância para a memória nacional, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) comunica que está em trâmite a proposta de inclusão do idioma no Inventário Nacional de Diversidade Linguística (INDL) e seu reconhecimento como “Referência Cultural Brasileira”. O Iphan, que é autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, realizou a comunicação por meio de publicação do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (31)
A publicação no Diário Oficial da União tem por finalidade tornar público o processo de inclusão praticado e permitir que, no prazo de 30 dias, a sociedade se manifeste por meio de formulário digital sobre a proposta de inclusão da língua no INDL. As manifestações deverão ser enviadas até dia 29 de junho.
Finalizado o prazo para manifestação da sociedade, o processo de inclusão da língua Aikanã no INDL será submetido à Comissão Técnica do Inventário Nacional de Diversidade Linguística (CTINL), instância interministerial responsável pela análise e deliberação sobre o reconhecimento de línguas como Referência Cultural Brasileira.
Língua Aikanã
De acordo com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), responsável pelo projeto de Levantamento Regional da Situação Sociolinguística das Etnias Indígenas de Rondônia, a língua Aikanã é falada por aproximadamente 250 falantes em uma população de aproximadamente 500 pessoas na Terra Indígena Tubarão/Latundê, situada na a pequena reserva do subgrupo Kassupá, em Porto Velho (RO).
Os Aikanã perderam muitas de suas terras mais férteis e foram submetidos à aculturação forçada e escravidão (ou semi-escravidão) por agentes da cultura não indígena como madeireiros e missionários, o que levou à diminuição da transmissão da cultura indígena tradicional. Esse contato também ocasionou a infecção por diversas doenças contagiosas, contra as quais não tinham resistência, levando à dizimação desse povo. Isso explica o baixo contingente populacional e, consequentemente, o baixo número de falantes da língua Aikanã.
Confira o parecer técnico na íntegra. Clique aqui
Link para manifestações da sociedade sobre a proposta de inclusão no Inventário Nacional de Diversidade Linguística e reconhecimento como "Referência Cultural Brasileira" da língua Aikanã.
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