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Iphan realiza Simpósio de Arqueologia, Bioantropologia e Patrimônio, em Campo Grande (MS)
Entre os dias 24 e 27 de março de 2025, a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Mato Grosso do Sul e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), realizaram o I Simpósio Ibero-Americano de Arqueologia, Bioantropologia e Patrimônio. O evento aconteceu no Laboratório de Bioantropologia e Antropologia Forense (LABFOR) da UFMS, em Campo Grande, e reuniu especialistas e pesquisadores para debater a conservação e salvaguarda de materiais arqueológicos, bioantropológicos e bens culturais.
O simpósio teve como objetivo promover a troca de experiências entre profissionais da América Latina e da Península Ibérica, abordando temas como ação forense humanitária, conservação e divulgação do patrimônio cultural, arqueológico e bioantropológico. A programação contou com palestras, apresentações de trabalhos e debates técnico-científicos, atraindo acadêmicos, profissionais da segurança pública, gestores municipais e estaduais, além de representantes de órgãos públicos e organizações da sociedade civil.
Segundo a antropóloga forense e professora da UFMS, Priscila Lini, o impacto do evento foi bastante positivo. "Auditórios cheios, muita interação, alunos e pesquisadores de várias áreas, além da construção de uma rede de contatos com nossos palestrantes, o que uniu nossos países e até mesmo continentes. Foi sensacional", destacou. Além disso, a professora ressaltou que o encontro foi um ponto de partida para futuras colaborações na área. "Queremos elaborar uma iniciativa colaborativa em rede, que articule nossos conhecimentos interdisciplinares em cada um dos territórios de atuação", afirmou.
A parceria entre o Iphan e a UFMS representa a integração entre a academia e as estruturas oficiais de conservação e salvaguarda patrimonial, unindo teoria e prática, pesquisa e ação. "Essa complementaridade mostra que, quando reunidos, temos a possibilidade de articular ações concretas e efetivas para a proteção de bens culturais, arqueológicos e bioantropológicos", concluiu Lini.
Para Rafael Saldanha, arqueólogo do Iphan-MS, a parceria entre as instituições criou um espaço essencial para a valorização do patrimônio arqueológico. “Foram quatro dias de apresentações de pesquisas e discussões enriquecedoras, que impactaram o público e destacaram a importância do tema”, afirmou. O evento reuniu estudantes, professores, gestores e profissionais de diversas áreas, promovendo debates sobre conservação e salvaguarda do patrimônio. Saldanha também enfatizou a relevância da participação do Iphan em ações que aproximam a instituição da sociedade, especialmente dos estudantes. “Ao final de cada dia, sorteamos kits com publicações do Iphan, reforçando nosso compromisso com a disseminação do conhecimento”, concluiu.