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Iphan realiza maratona de entregas em bens tombados do Espírito Santo
Nesta quarta-feira (13), os capixabas têm pelo menos três motivos para celebrar. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entregou três monumentos simbólicos do estado restaurados: a capela do conjunto arquitetônico e paisagístico do Convento e Igreja de Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha (ES), a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Vitória, e a Chácara Barão de Monjardim, também situada na capital do estado. No total, foram aproximadamente R$ 1,5 milhão em melhorias.
Com investimentos do Iphan da ordem R$ 400 mil, a capela foi entregue à população restaurada. Além do complexo do Convento do Carmo ser um dos mais reconhecidos pontos turísticos capixabas, trata-se de um dos primeiros santuários do Brasil. Ponto de interesse histórico e devoção religiosa, o monumento atrai mais de três milhões de visitantes ao ano.
Para garantir a integridade física desse bem cultural, assim como a preservação de seus elementos arquitetônicos, os serviços de manutenção se desdobraram nas recuperações do forro, do piso e dos sinos da capela, além de pintura interna. Outras melhorias foram o projeto de instalações elétricas e o projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), bem como a atualização do levantamento arquitetônico. Além disso, também foram executados trabalhos de manutenção corretiva e preventiva do sistema elétrico e automação da iluminação cênica.Outro destaque das intervenções foi a pesquisa arqueológica, que atraiu a atenção da comunidade local. Foi identificada uma extensa camada de aterro, com presença de diversos materiais construtivos e cerâmica utilitária de diversas épocas. Os resultados da pesquisa estão em processo de análise e interpretação dos dados. Posteriormente, tais informações também serão redigidas em formato de material educativo a fim de compartilhar o conhecimento com a sociedade de modo amplo.
Com as melhorias, a capela integra as celebrações da Festa da Penha, uma das datas mais importantes para visitantes e moradores que frequentam o monumento.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário
O Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, também investiu R$ 350 mil em obras de contenção estrutural e conservação da Igreja do Rosário, no município de Vitória. Tanto o recurso do Convento da Penha quanto o da Igreja do Rosário são provenientes de Emendas Parlamentares.
As melhorias devolvem a Igreja aos fiéis e turistas, já que celebrações e visitações estavam suspensas desde maio de 2019 devido aos riscos no acesso.
O escopo das intervenções contemplou a resolução de problemas estruturais dos muros, serviços no sistema de drenagem, recuperação da rampa metálica e das alvenarias, pintura externa, instalação de guarda-corpo na escadaria frontal, entre outras ações.
Tombada em 1946, a igreja está inscrita no Livro do Tombo Histórico do Iphan. A construção do templo foi iniciada em 1765. Na época, encontrava-se afastada do núcleo original da povoação da Vila de Vitória e a entrada principal do templo era voltada para o mar.
De arquitetura e altares barrocos, sua estrutura principal foi erguida em apenas dois anos pelos membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Ao longo dos anos, a edificação testemunhou o crescimento da cidade ao redor sem deixar de permanecer como um marco para os capixabas. Situada no alto de uma longa escadaria, o templo se destaca na paisagem de Vitória.
Casa e Chácara Barão de Monjardim
Encerrando o ciclo de entregas, o Instituto concluiu o evento na Casa e Chácara Barão de Monjardim. O monumento abriga o Museu Solar Monjardim, único museu federal localizado no estado e primeiro bem tombado pelo Iphan no Espírito Santo. Atualmente, o bem é administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O Ibram disponibilizou R$ 775 mil em verbas para o restauro, que foi executado pelo Iphan.
Inscrito em 1940 no Livro do Tombo das Belas Artes do Iphan, o bem Casa e Chácara Barão de Monjardim compõe um conjunto urbano remanescente da Fazenda Jucutuquara, importante produtora de cana de açúcar e demais gêneros de subsistência que abasteciam a ilha de Vitória entre os séculos XVII e XIX. Construída nas últimas duas décadas do século XVIII, a residência foi erguida estrategicamente em relevo alto. Devido à localização, servia de ponto de referência para viajantes e possibilitava o controle sobre o engenho e a senzala.
Transmitido por herança, no século XIX o imóvel passou a ser a residência oficial da família Monjardim. Agora, o museu disponibiliza acervo característico do cotidiano de uma família abastada do século XIX, com mobiliário, arte sacra, indumentária, armaria, estatuária, entre outras tipologias. Trata-se do único exemplar da arquitetura rural datada do período colonial no Espírito Santo.
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Assessoria de Comunicação Iphan
Daniela Reis
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