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Iphan qualifica estudantes na conservação de sítios arqueológicos do RS
Estudantes participam de oficina de conservação. Fotos: Acervo do Programa
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e colaboração do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IF-Sul, campus avançado Jaguarão), promoveu uma capacitação sobre a conservação de sítios arqueológicos para alunos das duas instituições de ensino. As oficinas foram realizadas entre 7 e 11 de outubro, em uma expedição chamada “Os saberes das missões”, na qual o grupo conheceu as necessidades e soluções de cuidado dos sítios arqueológicos do Rio Grande do Sul.
A ação visa qualificar mão de obra para conservação dos sítios arqueológicos missioneiros, localizados em São Miguel Arcanjo, São João Batista, São Lourenço Mártir e São Nicolau, todos no noroeste do estado. Os 42 participantes são alunos da disciplina relacionada a conservação e restauração, especialistas em Patrimônio Cultural, além de bolsistas de graduação, mestrado e doutorado, orientados por professores da equipe. Também foram incluídos estudantes voluntários.
Antes das oficinas realizadas in loco, os organizadores da expedição Os Saberes das Missões realizaram uma série de debates virtuais sobre preservação e conservação dos sítios missioneiros tombados pelo Iphan. Esses encontros tiveram como tema a história das missões e seu processo de preservação e valorização. Foram realizados em junho e estão disponíveis no YouTube. “Isso facilita e estimula a formação de novos pesquisadores. Também disponibilizaremos uma cartilha que apoiará a capacitação e registrará o estado atual desse conhecimento”, ressaltou o coordenador técnico e arquiteto do Iphan, Vladimir Fernando Stello.
Durante as visitas técnicas, os participantes colocaram em prática a metodologia de consolidação e conservação, por meio de demonstrações feitas pela equipe de técnicos do Iphan e da UFPel e de artífices do Instituto, que são profissionais capacitados para conservação e restauração. Também foi realizada a coleta de informações arquivísticas no Escritório Técnico e entrevista com os artífices e membros da comunidade.
Na quarta-feira (9), parte do grupo participou da primeira etapa das oficinas de consolidação de maciços de pedra. As atividades incluíram instruções sobre a metodologia a ser empregada e o início das atividades de levantamento gráfico e fotográfico. Além disso, integrantes da equipe realizaram consultas aos acervos locais e trocaram conhecimentos com representantes da comunidade de São Miguel das Missões.
Aplicação
A experiência adquirida nas visitas será aplicada para qualificar os processos formativos nas instituições envolvidas (UFPel e IFSul) e nas práticas profissionais em arquitetura. Também está prevista a produção de uma cartilha sobre o saber-fazer da consolidação e conservação, que será elaborada de maneira colaborativa, integrando contribuições das interações entre as instituições, profissionais e estudantes. Além disso, o material servirá de base para a segunda oficina, que será realizada com artífices e profissionais das comunidades onde estão localizados os sítios arqueológicos missioneiros.
“Os principais desafios previstos para a conservação dos sítios arqueológicos missioneiros incluem garantir a formação adequada de técnicos e artífices, com o objetivo de produzir um impacto que vá além do ambiente acadêmico e contribua efetivamente para a conservação dos sítios”, explicou Vladimir Stello.
O projeto contribui para a conscientização sobre a importância do Patrimônio Cultural na região ao reunir e disponibilizar informações de forma acessível. Os encontros virtuais e a cartilha prevista vão apoiar as formações e registrar o estado atual do conhecimento sobre os saberes missioneiros. O plano de comunicação do projeto visa qualificar a linguagem do material de divulgação, alcançando assim um público mais amplo, especialmente na comunidade local.
Cidadania
O projeto Canteiros-Modelo de Conservação faz parte do Programa Patrimônio Cidadão, conjunto de ações do Iphan para a preservação do patrimônio cultural, voltadas para segmentos sociais historicamente marginalizados. A iniciativa oferece assistência técnica pública e gratuita a moradores de conjuntos urbanos tombados a fim de preservar a história e também promove oficinas de capacitação em conservação e restauração de bens históricos, de modo a formar mais profissionais na preservação do legado brasileiro.
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