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Iphan-MG promove reunião para validar Plano de Salvaguarda dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal
Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, registrado como Patrimônio Imaterial pelo Iphan em 2008 - Foto: André Brasil/Iphan
A equipe de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Minas Gerais (Iphan-MG) coordenou, na quarta-feira (8/11), reunião para consolidação e validação do Plano de Salvaguarda dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal. O Plano é um importante instrumento para a gestão compartilhada do bem cultural e resulta do amadurecimento do processo de salvaguarda, em curso desde 2009.
A reunião contou com a presença de membros do Coletivo da Salvaguarda dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, representando a Associação dos produtores de queijo da Canastra, Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), da Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado Queijo do Cerrado Mineiro (Aprocer), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), SertãoBrás, Ministério do Desenvolvimento Agrário, e pesquisadores da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Em 13 de junho de 2008, o Modo artesanal de fazer Queijo de Minas, nas regiões do Serro e das serras da Canastra e do Salitre, foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil, inscrito no Livro de Registro dos Saberes. Em 2021, o reconhecimento foi revalidado e o título do bem cultural foi alterado para Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, ampliando sua abrangência territorial para contemplar todas as regiões já identificadas como produtoras do Queijo Minas Artesanal (QMA) e que viessem a sê-lo posteriormente àquela data.
Desde então, a equipe do Iphan tem trabalhado em conjunto com outras instituições parceiras para a salvaguarda do bem cultural. A primeira ação desenvolvida com vistas à elaboração do Plano de Salvaguarda do Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas estendeu-se entre 2009 e 2012, quando foram realizadas, com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), reuniões com detentoras e detentores, além de parceiros locais em diversos municípios das regiões produtoras reconhecidas naquele momento. Ao mesmo tempo, foram estabelecidos os primeiros contatos com possíveis parceiros para a salvaguarda e dados os passos iniciais para a constituição de uma rede de órgãos e instituições públicas e privadas e de associações civis que pudesse contribuir para a elaboração e implementação do Plano de Salvaguarda. Esta ação fundamentou a realização de reuniões de articulação, ocorridas regularmente entre 2012 e 2014, nas quais uma primeira versão do Plano foi consolidada.
Essa primeira versão do Plano de Salvaguarda, ainda que não tenha sido publicada à época, serviu de norte para a execução conjunta de diversas ações de salvaguarda, como a realização do Fórum Internacional Indicações Geográficas, Patrimônio Cultural e os Queijos de Leite Cru (2013), além de diversas publicações, exposições, eventos e palestras.
Com a expansão da abrangência territorial do Registro, a partir da revalidação do título de Patrimônio Cultural do Brasil em 2021, foi ampliado o diálogo com as associações de produtores do QMA das novas regiões contempladas, o que resultou na criação do Coletivo da Salvaguarda dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal. Ao longo de diversas reuniões, o coletivo foi responsável pela elaboração do Plano de Salvaguarda, que teve sua versão final consolidada na última reunião, seguindo agora para a fase de editoração e posterior publicação.