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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Iphan inaugura Casa do Patrimônio da Baixada Santista, em Santos (SP)
Estação do Valongo, em Santos (SP), onde funcionará a Casa do Patrimônio da Baixada Santista (Fotos: Marina Baldoni Amaral/Iphan)
A região portuária de Santos ganhou nessa quarta-feira (24/01) uma nova instituição cultural que irá contribuir para o reconhecimento da relevância histórica e cultural da Baixada Santista. A Casa do Patrimônio da Baixada Santista, iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Prefeitura de Santos e com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi inaugurada na Estação do Valongo.
A edificação de 1867, onde funcionou a primeira estação ferroviária do estado de São Paulo, foi cedida pela prefeitura de Santos para sediar o projeto. A Casa do Patrimônio será gerida pela Unifesp e atenderá aos nove municípios da região, com orçamento de R$ 730 mil disponível para a execução do trabalho.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou a importância do diálogo e das parcerias para levar a política de patrimônio cultural federal à Baixada Santista, e reforçou a importância do projeto: “As Casas do Patrimônio são uma política pública. Fazem parte de uma proposta de educação patrimonial, no sentido mais belo da educação, que é o sentimento de pertencimento, de conexão. A educação é o que faz o país andar para frente e, vinculada à cultura, faz ele andar ainda mais rápido”.
Instrumentos de valorização do Patrimônio Cultural por meio de ações educativas e de interlocução com a sociedade civil, as Casas do Patrimônio articulam diferentes iniciativas. Algumas das ações previstas para a Casa do Patrimônio da Baixada Santista são ações de Educação Patrimonial para o público em geral (como oficinas, seminários, fóruns e painéis); ações de capacitação de educadores; elaboração de roteiros e visitas guiadas em torno do Patrimônio Material e Imaterial da região; ações de fomento à Rede de Patrimônio Cultural da Baixada Santista; produção de publicações físicas e digitais; organização da Biblioteca da Casa do Patrimônio; entre outras.
O Iphan mais perto da população
O evento de inauguração da Casa, aberto ao público, contou também com a participação dos prefeitos de Santos, Rogério Santos, e de São Vicente, Kayo Amado; do superintendente do Iphan em São Paulo, Danilo Nunes; da vice-reitora da Unifesp, Lia Bittencourt; do diretor acadêmico da instituição na Baixada Santista, Odair Aguiar; e de outras autoridades locais. Inicialmente marcado para ser realizado na Estação Valongo, sede da Casa do Patrimônio, o ato precisou ser transferido para o Palácio José Bonifácio, que abriga a Prefeitura de Santos, devido às fortes chuvas que atingiram a cidade na tarde de ontem.
O prefeito de Santos ressaltou a importância da Casa do Patrimônio para a revitalização do centro histórico da cidade. “A gente tem o desafio da ocupação do centro, com a manutenção do patrimônio histórico, material e imaterial”, observa. Ele destaca a atuação da prefeitura para “fazer o centro vivo, ativo, sem perder as características, sem perder a identidade”.
A vice-reitora da Unifesp aponta que o projeto será um polo de inovação e que a universidade poderá desenvolver, além de educação patrimonial, pesquisas e atividades de extensão e de cultura. “Nós vamos ter na Casa do Patrimônio da Baixada Santista um plano de trabalho muito minucioso. E vamos ser cobrados a executar esse plano. Todas as atividades vão ser avaliadas, e eu acredito que teremos muito êxito para oferecer não só à comunidade, mas à cultura do nosso país”, conclui Lia Bittencourt.
Já o superintendente do Iphan em São Paulo, Danilo Nunes, avalia que a Casa do Patrimônio da Baixada Santista é uma política que aproxima a cultura patrimonial da sociedade, contribuindo “para trazer o Iphan para perto da população”.
Apresentações culturais
A inauguração da Casa do Patrimônio da Baixada Santista foi, ainda, palco de apresentações culturais. O ator Pascoal da Conceição, integrante do Teatro Oficina que pesquisa e interpreta a vida e a obra de Mário de Andrade em diferentes contextos, fez uma performance com leitura e interpretação de cartas trocadas entre o poeta Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco de Andrade – os quais, juntos, fundaram em 1937 o então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Iphan. O presidente do Iphan, Leandro Grass, interpretou Rodrigo Melo Franco de Andrade na leitura das cartas.
O evento teve ainda performances do Grupo Coral Ciranda Vocal, sob a regência da maestrina Cláudia Rodrigues, e do Grupo Zabelê de Cultura Popular, da Comunidade Jongo Zabelê. O Jongo no Sudeste é uma dança de origem africana e foi reconhecido como referência cultural e registrado pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil no ano de 2005. O coletivo Zabelê já foi reconhecido pelo Iphan por suas boas práticas de salvaguarda do patrimônio cultural do País e está identificado como uma das comunidades jongueiras do estado de São Paulo.
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