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ARQUEOLOGIA
Iphan identifica 16 novos sítios arqueológicos em Tocantins
Fotos: Rômulo Macedo/Iphan - TO
A equipe de arqueologia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Tocantins concluiu, no último mês, a identificação e catalogação de mais 16 sítios arqueológicos na região do Jalapão, região leste de Tocantins. A área é composta por painéis com arte rupestre pré-colonial feita por grupos humanos há, provavelmente, dois mil anos.
“Entre os símbolos gravados e pintados nas rochas destacam-se pegadas humanas, pegadas de animais como veados e porcos do mato, e figuras que lembram corpos celestes”, explica o arqueólogo do Iphan em Tocantins, Rômulo Macedo. Ele esteve à frente das missões realizadas entre 2022 e 2023 para investigar a existência de novos sítios na região.
No entanto, o arqueólogo destaca que este bem cultural tem sido ameaçado por diversos fatores. A erosão eólica, o vandalismo, incêndios florestais e o desmatamento estão entre as principais ameaças aos sítios identificados. Para minimizar esses impactos, o Iphan deu início a ações de conservação e Educação Patrimonial na região, visando proteger e promover esse patrimônio cultural brasileiro.
Patrimônio arqueológico de Tocantins
As descobertas recentes ampliam o patrimônio arqueológico de Tocantins. O estado possui grande potencial para pesquisa arqueológica, tendo inúmeros sítios cadastrados pelo Iphan. Os sítios descobertos agora integram um complexo arqueológico localizado no Jalapão. As ocupações humanas naquelas áreas recuam até 12.000 anos antes do presente e formaram sítios arqueológicos durante o período pré-colonial, até o contato com os colonizadores europeus. Também podem ser encontradas estruturas relacionadas à arqueologia do período histórico, significativas da ocupação dessa área de contato da Floresta Amazônica com aquelas do Brasil Central, o bioma Cerrado.
Com a expansão das obras de infraestrutura nos estados amazônicos, Tocantins experimenta um aumento significativo nas pesquisas arqueológicas realizadas no âmbito do licenciamento ambiental, o que tem possibilitado a coleta de dados sobre áreas antes desconhecidas arqueologicamente. Neste contexto, a atividade arqueológica é desenvolvida por empresas que atuam no salvamento do patrimônio em áreas impactadas por empreendimentos econômicos. Duas ações são consideradas prioritárias: a sistematização e socialização do conhecimento sobre os bens encontrados e a integração entre os licenciamentos arqueológicos e os ambientais.
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