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ACERVO HISTÓRICO
Iphan e UFMG realizam projeto de conservação preventiva de acervo em Minas Gerais
Tratamento do acervo do Centro de Documentação e Informação (CDI) do Iphan-MG - Foto: André Brasil/Iphan
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) concluíram, nessa segunda-feira (30/09), mais uma etapa do projeto de conservação preventiva do acervo permanente do Iphan em Minas Gerais. A iniciativa, que vem sendo realizada ao longo de seis meses, nasceu de uma parceria entre o Instituto e o Núcleo de Pesquisa em História das Coleções e dos Museus (Rariorum), vinculado à Escola de Ciência da Informação (ECI) da UFMG, com apoio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), responsável pela gestão das bolsas estudantis.
O acervo do Centro de Documentação e Informação (CDI) do Iphan-MG remonta aos primeiros anos da instituição, na década de 1940, e contém importantes documentos relacionados à proteção e à conservação dos bens tombados no estado. Entre os itens estão plantas arquitetônicas, croquis, fotografias, manuscritos e outros registros que documentam a atuação do Iphan em Minas Gerais.
O projeto teve como objetivos identificar, higienizar, realizar pequenos reparos e acondicionar parte desse acervo histórico, que possui, aproximadamente, 70 metros lineares de documentos. Desses, cerca de 50 metros já haviam sido tratados em etapas anteriores, e, durante esta última, mais dois metros lineares, equivalentes a mais de cem pastas, receberam tratamento adequado.
Além de preservar a memória institucional do Iphan, o projeto proporcionou aos alunos dos cursos de Museologia e Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da UFMG uma oportunidade de vivenciar, na prática, as atividades de conservação preventiva. Sob a orientação do professor René Lommez, coordenador do projeto na UFMG, e dos técnicos do Iphan-MG Ana Luiza Brolio, Cibele Brogio e Walmira Costa, os estudantes Camila Pinho, Giulia Amaral, Larissa Gois e Yan de Benedetti participaram de todas as etapas do processo.
Segundo o professor Lommez, a experiência foi essencial para o desenvolvimento dos alunos: “O contato direto com um acervo histórico tão relevante permitiu que os bolsistas compreendessem os desafios e as técnicas necessárias para a conservação de papel, além de contribuir para sua formação acadêmica e profissional".
A continuidade desse trabalho está prevista para 2025, com o desenvolvimento de um novo plano de ação, que deverá contar com maior número de bolsistas e duração estendida, permitindo que mais documentos do acervo permanente do Iphan-MG sejam tratados. A expectativa é de que, com o fortalecimento dessa parceria, novos projetos conjuntos possam ser elaborados, promovendo a difusão do conhecimento e a preservação da história institucional do Iphan em Minas Gerais.