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DIA DO PATRIMÔNIO
Iphan celebra o Dia do Patrimônio Cultural com a entrega do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade
Mina du Veloso foi vencedora da 32ª edição do prêmio em 2019 - Foto: André Brasil/Iphan
A superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais realizou nesta quinta-feira, 17, a entrega do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade em um evento especial na Mina du Veloso, celebrando o Dia do Patrimônio Cultural. O Coletivo Mina du Veloso, vencedor da 32ª edição do prêmio, em 2019, foi reconhecido por sua notável contribuição à valorização e preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. No entanto, devido a obstáculos enfrentados durante a gestão anterior, optou por não receber o prêmio naquela ocasião.
Nesse contexto, a atual entrega do prêmio assume um significado representativo. Conforme destacado pela superintendente do Iphan em Minas Gerais, Daniela Lorena Fagundes de Castro, essa entrega "marca, de forma muito simbólica, o momento de reconstrução de políticas e instituições de promoção da cultura brasileira, com a potência de toda a sua diversidade".
“O reconhecimento com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade não apenas celebra a excelência do coletivo Mina du Veloso, mas também destaca a importância das ações que preservam e promovem o Patrimônio Cultural Brasileiro”, destaca Daniela de Castro. “As iniciativas premiadas fortalecem o compromisso de diversos setores da sociedade brasileira na preservação e salvaguarda da rica herança cultural do país”, conclui a superintendente.
O evento, realizado como uma roda de conversa, reuniu uma variedade de representantes, incluindo membros do coletivo premiado e da superintendência do Iphan em Minas Gerais, bem como representantes de prestigiadas instituições de ensino, como a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e a Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP).
O projeto Mina du Veloso, que recebeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, desempenha um papel fundamental como um centro de referência cultural, turística e patrimonial, lançando luz sobre a rica história da mineração em Ouro Preto, Minas Gerais. O projeto utiliza circuitos geoturísticos para narrar a história da mineração de ouro na região, destacando especialmente o conhecimento das populações negras escravizadas sobre extração mineral e metalurgia. O foco está em evidenciar o papel essencial das tecnologias desenvolvidas pelos povos africanos, frequentemente negligenciado nas narrativas oficiais da história de Minas Gerais e do Brasil.
O proprietário da Mina du Veloso, Eduardo Evangelista, ressaltou a responsabilidade de trazer à luz o patrimônio cultural do estado por meio dessa premiação. Ele destacou a importância vital de Minas Gerais na história cultural brasileira e como a mineração de ouro desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do país. A iniciativa busca redefinir a narrativa, reconhecendo o protagonismo dos africanos e sua contribuição para a formação da sociedade e economia mineira.
Eduardo Evangelista também sublinhou os desafios enfrentados, incluindo a falta de reconhecimento das autoridades locais e órgãos públicos em relação ao valor desse patrimônio. Ele expressou a importância de garantir a segurança e a sustentabilidade da mina, enfatizando que o projeto é uma fonte de pesquisa valiosa para os estudiosos da área.
Assessoria de Comunicação Iphan
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