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EVENTO
Iphan, Biblioteca Nacional e Casa de Rui Barbosa discutem a memória oral da Cultura
A programação é realizada na Fundação Biblioteca Nacional (foto) e no Paço Imperial. (Foto: Oscar Liberal)
Além da história oficial de qualquer empresa ou organização, existe uma outra, cuja memória não é registrada em documentos institucionais e que só pode ser resgatada através de relatos de quem viveu, testemunhou e foi impactado pelas trajetórias que a entidade seguiu; esta é a memória oral. A pesquisa desse tipo de material possui abordagem e métodos particulares, e é isso que, nos dias 12 e 13 de dezembro, será discutido por pesquisadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e da Casa de Rui Barbosa que integram o Grupo de Pesquisa Memórias Orais dos Trabalhadores da Cultura.
Na tarde de hoje (12/12), às 13h30, o 1º encontro do Grupo terá início no auditório Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, e amanhã (13/12), o grupo estará reunido na Sala dos Archeiros, no Paço Imperial (Iphan), na praça XV. O evento é aberto ao público, sujeito à lotação. O primeiro dia do evento terá transmissão online, pelo canal da Fundação Biblioteca Nacional no Youtube.
Memória oral
O Grupo de Pesquisa Memórias Orais dos Trabalhadores da Cultura reúne pesquisadores que se interessam por questões relacionadas à memória, com especial enfoque a temas ligados ao mundo do trabalho em instituições federais de proteção e guarda do Patrimônio Cultural.
O objetivo é reunir e estabelecer um diálogo multidisciplinar que permita integrar debates de caráter teórico e metodológico sobre as experiências e as dificuldades práticas de se pesquisar a memória do trabalho desenvolvido nessas instituições, utilizando a história oral. No evento serão discutidos diversos aspectos da atuação de profissionais de entidades da Cultura, abarcando desde os processos que envolvem produção, tratamento, organização e conservação de acervos patrimonializados até questões relativas a políticas de cultura, associações de trabalhadores, sindicatos, além de transformações na carreira, na rotina de trabalho e seus impactos na vida pessoal desses sujeitos ao longo do tempo.
Rafaela Bettamio, pesquisadora da FBN, relata assim a formação do Grupo de Pesquisa do Memória Oral dos Trabalhadores de Cultura: “A gente tem um projeto de pesquisa [na FBN] desde 2019, que é a história oral da Biblioteca Nacional. Como 40% do corpo funcional está para se aposentar, houve essa urgência para implementar esse projeto, registrar essa memória das pessoas que estavam para sair".
Em contatos subsequentes com pesquisadores da Casa de Rui Barbosa e do Centro Lúcio Costa (CLC), unidade especial do Iphan, ela conta que percebeu uma semelhança de temas com projetos que vinham sendo desenvolvidos nesses órgãos, o que inspirou a criação do Grupo de Pesquisa. "Fomos vendo que todas as instituições tinham um projeto de memória oral dos trabalhadores, mas que nós, os pesquisadores, não nos falávamos. Vimos que éramos muitos e, por isso, resolvemos fundar o grupo. Agora um fortalece o outro, ajudando a desenvolver a pesquisa.”
Joseane Brandão, pesquisadora do CLC/Iphan, complementa: “O queremos é trazer a diversidade das histórias e cotidiano dos trabalhadores da Cultura. Inicialmente dessas vinculadas [ao Ministério da Cultura], das quais fazemos parte, mas há o desejo de buscar interessados em outras vinculadas, que também participem dessa discussão que pensa história oral, trabalho e Cultura.”
Veja abaixo a programação:
Mais informações:
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