Iphan apresenta à CLDF medidas para recuperar patrimônio danificado nas sedes dos três Poderes, em Brasília (DF)

Na última quinta-feira (16), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) prestou contas à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) acerca das medidas já realizadas e as ações futuras para recuperação dos danos causados ao Patrimônio Cultural na sede dos três Poderes, em Brasília (DF), decorrentes dos atos de 8 de janeiro de 2023.

O debate teve como enfoque os impactos dos atos realizados no dia 08 de janeiro e o acompanhamento das ações de revitalização e restauro do patrimônio atingido. “Boa parte desses locais é resguardado, tanto em nível federal quanto distrital. Faz parte da nossa história e a gente precisa saber qual é a situação que estamos enfrentando hoje”, destacou o deputado distrital Fábio Félix, autor do requerimento para realização do encontro.

Na ocasião, o presidente do Iphan, Leandro Grass, explicou sobre o papel fiscalizador e orientador do Iphan e sobre a proposta de criação de um circuito de memória relacionado aos ataques do dia 08 de janeiro, assim como a outras questões históricas. Também pontuou a necessidade de promover ações de Educação Patrimonial como forma de conscientizar a população do valor dos bens culturais. “Dói ver os danos às obras de arte e a destruição das edificações da nossa capital, mas isso tudo se recompõe. A gente precisa fortalecer o valor simbólico dessas instituições, trabalhando juntos em um programa voltado para a Educação Patrimonial para que, acima de tudo, isso não se repita”, completou.

O servidor do Iphan e presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (Iab-DF), Luiz Sarmento, também apontou a questão simbólica dos ataques e a necessidade de informar e promover a reflexão na sociedade. “Os danos causados ao patrimônio representam uma incompreensão do país e dos bens atingidos, que extrapolam a materialidade. Nós arquitetos estamos à disposição para movimentar a nossa rede para trabalharmos a Educação Patrimonial. Precisamos fomentar a educação democrática participativa para que atos como esse não se repitam”, acrescentou.

A reunião da Comissão Geral também contou com a participação da diretora da Coordenação de Preservação de Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados, Gilcy Rodrigues Azevedo, do arquiteto da Câmara dos Deputados, Danilo Macedo, e da ex-deputada distrital, Arlete Sampaio.

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