Imagem centenária furtada retorna à comunidade de Minas Gerais após 26 anos

Em 29 de novembro, uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, que havia sido furtada há 26 anos, retornou ao distrito de Pará dos Vilelas, no município de Itaguara, na região metropolitana de Belo Horizonte. A imagem, de 1910, pertence ao acervo da Capela de Nossa Senhora da Conceição de Pará dos Vilelas, tombada em nível estadual pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais/Iepha.

O retorno foi concretizado com a entrega da peça pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) ao pároco Yuri Lamounier, seguido de missa e congada. A solenidade foi realizada na Capela Nossa Senhora da Conceição e comemorou, também, a reinauguração do santuário, que estava em reforma. O momento deu início às celebrações em louvor à padroeira, cuja festa é dia 08 de dezembro.

O resgate da peça

A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Itaguara/MG identificou uma página em uma rede social anunciando a venda da imagem, que havia sido furtada em 1996, e fez contato com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), em 20 de outubro de 2021.

O Iphan, por meio da superintendência de Minas Gerais, realizou pesquisas em bases de dados de bens culturais procurados disponíveis no Brasil e identificou grande semelhança com uma imagem constante na página do Sistema de Objetos Mineiros Desaparecidos, Recuperados e Restituídos (Somdar), mantida pelo próprio MPMG.

Mesmo não sendo tombada em nível federal, o Iphan estabeleceu contato com o MPMG para prestar o apoio técnico e informar da grande semelhança com a imagem registrada no Somdar, além de acionar também sua superintendência no estado de São Paulo, onde se localizava o anúncio, para a busca de informações.

A imagem foi apreendida pelo MPMG na cidade de São Paulo, na data de 16 de fevereiro deste ano, em trabalho conduzido pela Coordenadoria de Patrimônio Histórico e Cultural do MPMG em conjunto com o Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim), o órgão ligado ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), e a Promotoria de Justiça de Itaguara.

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