Gestão e preservação do Patrimônio Cultural são debatidos em encontro com prefeitos

Os desafios da gestão sustentável do Patrimônio Cultural e o acesso a vias de fomento e difusão desses bens foi o tema do encontro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os participantes da XXV Marcha dos Prefeitos a Brasília. O evento reúne anualmente gestores públicos de grande parte dos mais de 5 mil municípios brasileiros e, em 2024, foi realizado entre os dias 20 e 23 de maio.  

“A XXV Marcha foi uma grande oportunidade para estreitarmos os laços com os municípios de todo o país. A Política Cultural está sendo reconstruída no Brasil, e uma das principais ações do Ministério da Cultura é justamente o fomento e a promoção da cultura nos territórios. É um momento de fortalecermos o Pacto Federativo da Cultura e avançarmos ainda mais no atendimento e na promoção dos direitos culturais nessas cidades", disse o presidente do Iphan, Leandro Grass, que esteve presente no primeiro dia do evento.   

No último dia da programação (23/5), a diretora do Departamento de Articulação, Fomento e Educação (Dafe), Márcia Lucena, representou o Instituto, apresentando experiências bem-sucedidas de integração do Patrimônio Cultural com o turismo em municípios do Nordeste e que podem ser replicadas em outros municípios. “A identidade brasileira é um bem profundo e o Iphan está olhando para isso com cada vez mais atenção”, frisou a diretora.  

Ela destacou, ainda, a potência que existe nos pequenos municípios brasileiros. “A maior parte da população está concentrada mesmo é nas cidades menores, e temos que nos atentar para o potencial que esses locais têm de oferecer soluções para questões que desafiam os gestores públicos de todo o país”, acrescentou. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 73% dos 5.565 municípios brasileiros têm entre 10 e 20 mil habitantes.   

Na ocasião, também foram apresentadas as ações de incentivo promovidas pelo Iphan para iniciativas voltadas à difusão e preservação do Patrimônio Cultural, como o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, realizado todos os anos, do qual podem participar entidades da administração pública, além de pessoas físicas, cooperativas e instituições privadas. “Por meio do concurso, o Iphan reconhece e premia em dinheiro ações de excelência. Recomendo que acompanhem os editais de lançamento do prêmio para inscreverem suas propostas”, complementou Márcia.   

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