Notícias
PATRIMÔNIO IMATERIAL
Festa do Divino e Cavalhadas movimentam a cidade Pirenópolis (GO)
Os mascarados na Festa do Divino em Pirenópolis| Foto: Mariana Jardim/ Iphan-GO
Fé, tradição e amor, três palavras que descrevem a Festa do Divino de Pirenópolis (GO), bem imaterial registrado desde 2010 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura. A Festa tem duração de 12 dias e tem seu auge no Domingo do Divino, 50 dias após a ressurreição de Cristo. É neste dia que são iniciadas também as Cavalhadas, que, neste ano, segue até quarta-feira (31).
As comemorações deste ano têm o apoio o Iphan e das secretarias da Retomada e da Cultura do Estado de Goiás. A Festa é marcada pela mescla da religião e o cultura popular por ser formada de novenas, folias, procissões, missas, com a participação dos clássicos mascarados, cavalhadas, pastorinhas e outras apresentações de grupos folclóricos como a Contradança e a Catira Feminina.
“Conforme os registros, a Festa é celebrada desde 1819, fora instituída em Portugal pela Rainha Isabel, introduzida no Brasil pelos Jesuítas com o objetivo de atrair negros e índios para sua crença”, explica a superintendente substituta do Iphan em Goiás, Renata Barros.
Como parte da tradição, a Festa tem como figura central o imperador do Divino, que neste ano foi representado pelo Sr. Thalles Jayme, o 205° Imperador. A figura é responsável por cuidar da Festa do Divino e organizá-la. O trajeto feito de ida e volta da Igreja Nossa Senhora do Rosário e a casa do Imperador também faz parte do rito da comemoração. Na igreja é realizada a missa e sorteado o próximo imperador.
A volta para casa do imperador marca a procissão do Divino, na qual há um cortejo com as virgens, que vão na frente do quadro que leva o Imperador. Logo após vem a banda de música acompanhada pela multidão, pela manhã. No início da tarde são realizadas as Cavalhadas, no Cavalhódromo da cidade, com a presença de dois símbolos importantes. Um deles são os mascarados que usam máscaras e roupas extravagantes em cima de cavalos ou à pé, que fazem festa e algazarras pelas ruas de Pirenópolis.
O outro símbolo é representado pelos exércitos dos mouros e cristãos, com encenação da batalha entre eles, trajados de guerreiros em cima de cavalos. A disputa foi encenada em Pirenópolis pela primeira vez em 1826, por iniciativa do Padre Manuel Amâncio da Luz, quando Imperador.
As Cavalhadas são consideradas a representação da história da luta travada entre o Imperador do Ocidente, Carlos Magno, coroado em 800, pelo Papa Leão II, e os mouros que invadiram a Península Ibérica, pretendendo forçar os cristãos a aderirem à religião maometana. Tem duração de três dias, por isso é realizada nos últimos dias da Festa do Divino.
Encenação da batalha entre Mouros e Cristãos durante as Cavalhadas | Foto: Mariana Jardim/ Iphan-GO
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
(62) 3224-1310 | (62) 985337298 (whatsapp)
Mariana Jardim -
mariana.lima@iphan.gov.br
www.gov.br/iphan
www.facebook.com/IphanGovBr
|
www.twitter.com/IphanGovBr
www.instagram.com/iphangovbr
www.yotube.com/IphanGovBr