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PATRIMÔNIO EDIFICADO
Fazenda Colubandê, em São Gonçalo (RJ), é restaurada
Fazenda é o único bem tombado em nível federal de São Gonçalo. (Foto: Mauro Pazzini)
A Fazenda Colubandê, único bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no município de São Gonçalo (RJ), foi restaurada após uma ampla obra, iniciada em 2022 e concluída em dezembro de 2024. Executada pela Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop-RJ), a restauração foi acompanhada pela equipe técnica do Iphan, que também foi responsável pela aprovação do projeto.
"A restauração da Fazenda Colubandê é um marco para a preservação do patrimônio cultural de São Gonçalo e do Brasil. Este trabalho reflete o compromisso do Iphan em salvaguardar a autenticidade histórica e garantir que este espaço, carregado de memória e identidade, continue a inspirar e educar futuras gerações", avalia a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patrícia Wanzeller.
O restauro teve como foco principal a recuperação da capela de Sant'Ana, erguida em 1618, e da casa-grande construída ao seu lado, no século XVIII. Os trabalhos iniciais foram concentrados na consolidação estrutural dos telhados das duas edificações, incluindo a substituição de peças danificadas e a troca de telhas. Foram priorizados o reaproveitamento do material original, com as telhas novas cuidadosamente posicionadas por baixo das antigas, de forma a preservar a estética histórica.
Paralelamente, foi realizada a estabilização das paredes, que sofriam de problemas de "engastamento" - termo técnico que se refere à perda de fixação entre os elementos estruturais, como a conexão entre as paredes e o telhado ou entre os diferentes materiais que compõem a edificação. Essa questão, comum em construções antigas, compromete a estabilidade e a segurança da estrutura, exigindo intervenções cuidadosas.
Além disso, a equipe técnica também deu atenção especial à preservação das formas e proporções arquitetônicas do conjunto e à recuperação dos azulejos históricos da capela, de modo a resguardar a integridade e a autenticidade do monumento.
Segundo o arquiteto da Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro, Mauro Pazzini, a restauração da fazenda é de vital importância para o município, pois a população do entorno necessita de espaços culturais.
“As instalações da fazenda estão sem uso desde a saída do Comando de Polícia Ambiental (CPAm), em julho de 2012. Após a desocupação, o local teve seu processo de degradação acelerado. Agora, vendo o conjunto todo restaurado, percebemos que a edificação voltou a ter vida. Essa joia da arquitetura precisa ter novamente o destaque que merece e sua reocupação é fundamental para garantir a preservação do bem cultural”, avaliou o arquiteto.
Assim que o uso da Fazenda Colubandê for definido, será necessário criar um Plano de Ocupação, que deverá ser analisado e aprovado pelo Iphan. O documento estabelece diretrizes para o uso do espaço, considerando as necessidades dos ocupantes e as exigências legais de proteção ao patrimônio.
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