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Exposição coletiva marca os 40 anos da Sala do Artista Popular no RJ
Foto: Ana Carla Pereira/Iphan
Promover e valorizar a arte popular brasileira é o propósito do programa Sala do Artista Popular (SAP), que comemorou 40 anos de atividades estreando a exposição “Nóis morre, as coisa fica”: artes populares no Brasil, nesta quinta-feira (4), na Galeria Mestre Vitalino, no Rio de Janeiro (RJ). Promovido pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a SAP foi celebrada em evento que contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do presidente do Iphan, Leandro Grass, e da presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella. Mestres e mestras das artes populares, contemplados pelo edital Funarte 2024, também estiveram presentes.
A mostra é fruto de uma parceria entre CNFCP/Iphan, Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec), Funarte e Ministério da Cultura. Composta por objetos, fotografias, sons e vídeos que documentam os processos criativos e as mudanças no campo da arte popular nas últimas quatro décadas, a exposição oferece uma retrospectiva da história da SAP, explorando a evolução e as transformações das artes populares no Brasil. A perpetuação das tradições por meio dos objetos e saberes que sobrevivem às gerações é sintetizada no título da mostra, que foi inspirado em frase do escultor José Julião.
Durante a abertura da exposição, as autoridades presentes foram acompanhadas pela equipe do CNFCP/Iphan, que explicou sobre as técnicas utilizadas nas obras, ressaltando a riqueza cultural e o uso criativo de materiais reciclados por alguns artistas. Na ocasião, o presidente Leandro Grass destacou a importância da Sala do Artista Popular como um espaço que dá aos artistas a oportunidade de se apresentarem à população. "A SAP é a expressão da participação social, do olhar do brasileiro representado por tantos mestres e mestras", concluiu.
"A SAP é a expressão da participação social, do olhar do brasileiro representado por tantos mestres e mestras"
A Sala do Artista Popular documenta, difunde e fomenta o artesanato e as artes de cunho tradicional brasileiro, com foco na autoria, subjetividade e no simbolismo dos artistas. Além disso, também desempenha um papel crucial na comercialização das obras, oferecendo um canal de vendas direto para os artistas.
"Os 40 anos do programa mostram a importância de festejarmos a cultura popular do Brasil. É nessa cultura que está a identidade de tantas influências, da nossa alma diversa. As regiões do Brasil têm características diferenciadas, mas todas representam a cultura brasileira. É dessa cultura popular que vem o legado, de família em família, de mão em mão, de memória em memória", avaliou a ministra Margareth Menezes.
Desde a sua criação, em 1983, a SAP já promoveu 207 edições, cada uma destacando o trabalho de indivíduos ou comunidades que refletem suas histórias e tradições locais. As exposições promovidas pela SAP são acompanhadas de catálogo, facilitando a articulação entre os artesãos e instituições locais. Essa prática também incentiva o diálogo e a troca de conhecimentos entre os próprios artistas.
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Assessoria de Comunicação Iphan
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