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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Exposição apresenta releituras de inscrições rupestres para aproximar jovens do Patrimônio Arqueológico
Mostra propõe releituras das inscrições rupestres para aproximá-las do universo de crianças e jovens. Créditos: divulgação.
No céu do Assentamento Nova Esperança, em Olho D’água do Casado (AL), uma pipa corta o céu conduzida por um menino. Uma ilustração vermelha de sapo estampa o tradicional brinquedo. A figura é uma releitura em arte digital das milenares inscrições rupestres que tomam os sítios arqueológicos da região. A representação do sapo e de outras tantas imagens inspiradas no Patrimônio Arqueológico estão expostas na sede da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Alagoas.
A exposição “Isto não é um sapo: uma ação de educação patrimonial” permanece até 07 de agosto na sede do Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo. A mostra é um dos desenvolvimentos do Projeto Galeria Platô, que propõe releituras das inscrições rupestres para aproximá-las do universo de crianças e jovens. As ilustrações remetem a referências contemporâneas, como vídeo games, por exemplo.
Contemplado pela L ei Aldir Blanc, o projeto se estende em distintas frentes. A exposição é apenas umas delas, complementada pelo álbum de figurinhas com as imagens da mostra, um livro que também reúne as obras e distintas ações de Educação Patrimonial elaboradas nas escolas do assentamento. Confira mais detalhes do Galeria Platô ne ste vídeo .
Proponente do projeto, a ilustradora Bruna Teixeira destaca que a iniciativa foi muito bem acolhida pelas mulheres que protagonizam o Programa de Gestão Turística no Complexo Arqueológico Nova Esperança. A Galeria Platô tem apoio financeiro do governo de Alagoas, via Lei Aldir Blanc, direcionada pelo governo federal. A filmaker Renata Baracho também toca a iniciativa com Bruna.
“Há uma ideia persistente em nossa sociedade de que Patrimônio Cultural é algo estático, registra coisas do passado (ao invés de dizer algo do presente) que não pertencem a nós: pertencem a ‘eles’”, reflete Bruna. “Por outro lado, há quem acredite que essa forma de pensar é bem antiquada! Por isso, a nossa paixão pelas imagens rupestres nesta exposição não passa pela vontade de decifrá-las ou pela tentativa de encontrar significados de uma época tão distante. Passa pelo desejo de senti-las como expressão, de provocá-las como uma aproximação, e de reinventar um outro lugar do rupestre na educação patrimonial em Alagoas”, resume.
Olho D’água do Casado
Aliar pesquisa ao desenvolvimento territorial tem sido o mote que conduz a atuação do Iphan em Olho D’água do Casado. O local abriga um projeto de arqueologia colaborativa, cujas ações são construídas com a participação ativa da comunidade. Conheça.
Serviço:
Mostra
:
Isto não é um sapo: uma ação de educação patrimonial
Endereço
:
Rua Sá e Albuquerque, n.º 157, Jaraguá, Maceió (AL)
Horário de funcionamento
:
das 8h às 12h e das 13h às 17h
Telefones
:
(82) 3221-6073 / 3223-3836 / 3223-3714
E-mail
:
iphan-al@Iphan.gov.br