Notícias
PROGRAMAÇÃO CULTURAL
Exposição “Paraty: 1945-2019" apresenta história recente da cidade
A Casa da Cultura de Paraty inaugura na próxima sexta-feira (23) a exposição “Para uma história cultural de Paraty: 1945-2019". Gratuita e a b erta à visitação até 31 de março de 2024, a mostra apresenta uma visão abrangente da cidade, destacando as transformações ao longo de oito décadas – do período de isolamento geográfico e quase esquecimento para a “redescoberta” como um patrimônio histórico, cultural e natural.
Parte do acervo da mostra é do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura. Nesta, d estacam-se r eproduções d e decretos de tombamento , além de u m documento redigido por Carlos Drummond de Andrade quando trabalhava no Instituto.
"O acervo traz uma abordagem diacrônica , a partir da percepção da necessidade de se rever e retomar a construção de uma historiografia de Paraty e ir ao encontro dos princípios de interpretação da cidade como Patrimônio da Unesco" , diz Cristina Maseda , Superintendente Executiva da Casa da Cultura.
A exposição celebra a história e a identidade de Paraty a partir de uma perspectiva única sobre as transformações que a cidade vivenciou do final da Segunda Guerra Mundial ao século 21. A té 1970, Paraty esteve praticamente isolada do resto do P aís : sem ligação rodoviária com os grandes centros e acessível apenas por meio de barcos ou da precária estrada na serra de Cunha.
Mesmo assim, já era um lugar frequentado por aventureiros e intelectuais. C o m a abertura da Rio-Santos , foram fundadas pousadas , a partir de 1971, que atra íram mais gente interessada em descobrir Paraty .
Iniciou-se uma fase cultural agitada, com produções cinematográficas que culminaram, nos anos 1980, no filme "Gabriela", interpretada pela atriz Sônia Braga. Nos anos 1990, veio uma nova crise cultural e econômica, aplacada, perto da virada do século, com o reconhecimento de Paraty como Patrimônio Mundial (2019) . A s Leis de Incentivo e a Flip (Festa Literária de Paraty), em 2003, que ajud aram a manter e fomentar novos eventos e festivais.
Com curadoria de um coletivo da Casa da Cultura, patrocínio da Petrobras, e apoio da Fundação Roberto Marinho e da Prefeitura de Paraty, a exposição reúne uma coleção impressionante de fotografias, artefatos históricos e documentos que ilustram a vida cotidiana, a arquitetura, as festas locais e as mudanças sociais desse período. Há ainda entrevistas em vídeo com moradores, artistas, cineastas, escritores e historiadores. Como extensão do acervo presencial, 21 QR Codes foram instalados em prédios do c entro h istórico para conta r a história das edificações . O conteúdo será legendado e traduzido em libras para garantir acessib ilidade . Além disso, o público terá a chance de enviar filmes e fotos pessoais ligados ao tema para enriquecer o acervo.
O Iphan em Paraty
O Iphan tem atuado na cidade desde a década de 1940, pouco após a fundação do Instituto, em 1937. Em 1957, a Autarquia tombou o Forte Defensor Perpétuo. No ano seguinte, houve o tombamento do conjunto arquitetônico e paisagístico de Paraty, que contempla o centro histórico e o prédio da Santa Casa Misericórdia.
Em 1962, foram protegidas as seguintes igrejas: Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, Santa Rita, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora das Dores. Já em 1966, o município foi alçado a monumento nacional pelo Decreto n° 58.077/1966, seguido pelo tombamento integral do município em 1974.
Mais recentemente, em 2019, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) chancelou Paraty e Ilha Grande como Patrimônio Mundial. Trata-se do primeiro reconhecimento do Brasil na categoria “sítio misto”, que considera a integração entre cultura e meio ambiente. Abrange um território de quase 149 mil hectares, no qual o centro histórico se cerca de quatro áreas de conservação ambiental.
Nesta região, uma cultura viva e ancestral coexiste com um ambiente natural e exuberante. Ali, testemunhos culturais incluem o centro histórico, diversos sítios arqueológicos, uma porção do antigo Caminho do Ouro e comunidades tradicionais indígenas, quilombolas e caiçaras.
Serviço:
"Para uma história cultural de Paraty: 1945 - 2019"
De 23 de junho a 31 de março de 2024
Vernissage de abertura: 23 de junho, 19 horas
Casa da Cultura de Paraty
Rua Dona Geralda, 194, Paraty - RJ - CEP: 23970-000
Visitação: Terça a sábado, das 10h às 18h, e ntrada gratuita
Contato: +55 (24) 99238 4737
@casadaculturaparaty
Informações para a imprensa:
Rosane Queiroz
tel. 11 - 96081-8447