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ARQUEOLOGIA
Estão abertas as inscrições para o Prêmio Luiz de Castro Faria 2024
Pesquisadores de todo o Brasil já podem inscrever seus trabalhos no Prêmio Luiz de Castro Faria, uma das mais importantes premiações do campo da Arqueologia no Brasil, promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Centro Nacional de Arqueologia (CNA). Em 2024, a premiação tem como tema a “Arqueologia das Repressões e das Resistências”.
Trata-se de uma área dedicada à compreensão das dinâmicas sociais e políticas por meio da análise de vestígios materiais associados a contextos de opressão e luta por liberdade. No contexto brasileiro, são exemplos de pesquisas nessa temática os estudos voltados ao cangaço, às revoltas, aos quilombos e às lutas contra a ditadura militar. O prazo para recebimento das inscrições vai até o dia 30 de setembro, e os valores das premiações variam entre R$ 6 mil e R$ 8 mil.
O resultado final está previsto para ser divulgado no dia 12 de novembro. Os artigos a serem encaminhados poderão ser inscritos em uma das duas categorias temáticas deste ano. Na Categoria I serão premiados os trabalhos que versem sobre ações de preservação do Patrimônio Arqueológico, considerando-se aqui tanto Sítios como Coleções Arqueológicas.
Já a Categoria II será composta por artigos que versem sobre pesquisas desenvolvidas na temática desta edição, a Arqueologia das Repressões e Resistências. Trata-se de uma área dedicada à compreensão das dinâmicas sociais e políticas por meio da análise de vestígios materiais associados a contextos de opressão e luta por liberdade.
Prêmio Luiz de Castro Faria
O Prêmio Luiz de Castro Faria foi criado em 2013, com o objetivo de reconhecer a pesquisa acadêmica que verse sobre o tema da preservação do patrimônio arqueológico brasileiro. Nesse sentido, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), através do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), prestigia os trabalhos desenvolvidos sob a forma de monografia de graduação, dissertação de mestrado, tese de doutorado e artigo científico, que representem originalidade e contribuição para o tema.
O concurso faz referência à atuação do museólogo e antropólogo Luiz de Castro Faria. Figura atuante no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele contribuiu para a formação de várias gerações de especialistas e professores no campo da arqueologia. Antes de voltar-se ao estudo da antropologia, no qual teve grande dimensão, Castro Faria dedicou-se à pesquisa e preservação de grutas naturais e sambaquis em quase todo o litoral brasileiro. Seus registros científicos reconstituíram parte da história do Brasil e fortaleceram o movimento de conscientização sobre a importância dos sítios arqueológicos.
Inclusive, ele foi um importante articulador de políticas públicas, junto com o fundador do Iphan, Rodrigo Melo Franco de Andrade, especialmente nas décadas de 1950 e 1960. Um dos principais legados dele foi o anteprojeto da Lei 3.924/61, sancionada pelo presidente Jânio Quadros. A norma dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos no país e determina, entre outras medidas, que esses elementos fiquem sob a guarda e proteção do Poder Público.
Dessa forma, o Prêmio reconhece o trabalho de Luiz de Castro Faria como mediador entre a academia e a administração pública. Símbolo de uma geração pioneira e idealista, a atuação do pesquisador é uma inspiração para quem luta pelo estudo do nosso passado e ampliação das iniciativas de preservação do patrimônio arqueológico.
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Fernanda Martins de Freitas - fernanda.freitas@iphan.gov.br
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