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Em Pernambuco, Iphan acompanha entrega diplomas para cirandeiras e cirandeiros
Compositora e cirandeira Lia de Itamaracá recebendo o diploma de reconhecimento. Fotos: Paulinho Matos
No último domingo (05/03), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) participou de um encontro especial com cirandeiras e cirandeiros de Pernambuco, na cidade de Carpina, na Zona da Mata Norte do Estado. O evento foi promovido pela Associação das Cirandas de Pernambuco (AsCiPE) e teve como objetivo distribuir os diplomas que reconhecem a Ciranda do Nordeste como Patrimônio Cultural do Brasil.
O servidor e cientista social do Iphan-PE Giorge Bessoni acompanhou a entrega dos diplomas e destacou a importância para os detentores. “Entregar o título de Patrimônio Cultural do Brasil para os cirandeiros significa aproximar o Estado brasileiro dessa comunidade na luta pela preservação de uma importantíssima expressão cultural”, afirmou.
“A Ciranda do nordeste é um bem cultural fruto da resistência de mulheres e homens do litoral, da zona da mata e do agreste da região. Possui uma riqueza melódica e poética única, o que faz da Ciranda um autêntico Patrimônio Cultural do Brasil”, completou Giorge.
A Ciranda do Nordeste foi reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil em agosto de 2021, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan, autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura. O mapeamento analisou grupos e artistas cirandeiros da Zona da Mata e da Região Metropolitana do Recife.
A compositora e cirandeira Lia de Itamaracá contou emocionada sobre a sensação de receber o diploma. "Receber o prêmio é muito importante, me sinto muito feliz, não tem remédio melhor do que isso", relatou.
Ciranda do Nordeste
A ciranda do Nordeste é uma forma de expressão que une música, poesia e dança de roda, e é vivenciada como um modo coletivo de celebrar a vida, sem distinções pessoais, delimitações e temporalidades rígidas. A Ciranda está rodeada de significados que envolvem o balanço do mar, os ciclos da vida e as brincadeiras de criança. A dança é um elemento central para vivenciar a Ciranda e, em geral, acontece com os dançantes dando as mãos em um círculo fechado e dançando em uma única direção.
Existem variações de passos complexos, porém o mais importante no cirandar não é a dificuldade dos passos, mas a simplicidade e a união. A roda pode acontecer em diferentes contextos como carnaval, encerramento de uma atividade pedagógica ou em festejos juninos; em espaços abertos ou fechados, como ruas, bares e praças. Na roda de ciranda, são trazidos à tona sentimentos de celebração e pertencimento a um lugar e a uma história, seja das cirandas à beira mar, seja das noites de festa nos engenhos da Zona da Mata Norte de Pernambuco (composta por 19 municípios do estado).
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