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PRÊMIO RODRIGO 2022
Em Mato Grosso, mulheres ciganas são protagonistas de minissérie
A minissérie mostra a força, beleza e sabedoria das mulheres ciganas. (Fotos: Acervo do projeto)
Com o objetivo de promover a emancipação das mulheres ciganas, por meio da valorização e registro de suas culturas e saberes, a Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT) produziu a minissérie para a web Diva e as Calins de Mato Grosso - ontem, hoje e amanhã . Dividida em cinco episódios, a série traz a força, a beleza e a sabedoria das mulheres ciganas que vivem nos municípios de Rondonópolis, Cuiabá e Tangará da Serra . O projeto foi um dos vencedores da 35ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2022.
De acordo com a presidente da AEEC-MT e produtora executiva do projeto, Fernanda Caiado, a websérie dialoga com o modo de vida da comunidade cigana no passado e futuro. “A série aborda aspectos que tangem ao passado, como a vida rural e nômade nas barracas, mais próxima à natureza; os modos de organização social que confrontam o estilo de vida das sociedades mato-grossense/brasileira nos dias de hoje; ou ainda a visão que as mulheres Calins almejam conquistar e/ou conservar como traços identitários e culturais no futuro”, explicou.
O termo Calins está relacionado ao modo como as mulheres ciganas do tronco étnico Calon se autodenominam. “Existem troncos étnicos ciganos, o Calon, Rom e Sinti. As mulheres do tronco Calon se autodenominam Calin, daí veio o nome do projeto”, contou o diretor e roteirista, Aluízio de Azevedo.
Cada episódio foca na história de vida de uma mulher cigana: Diva, sua tia e três primas. As mulheres são mestras da cultura cigana, que se ramifica em inúmeros outros elementos culturais, a exemplo da união familiar, da liderança política, da língua e da filosofia de vida.
O diretor da minissérie destacou que o objetivo principal é romper com paradigmas racistas e machistas, além do preconceito que, historicamente, atinge as comunidades ciganas pelo mundo. “A sociedade enxerga a comunidade cigana de dois modos. O primeiro é a romantização das belas mulheres que estão sempre viajando, com liberdade e misticismo. A outra é a visão de que ciganos são trapaceiros, que são sequestradores, sujos. Nem uma nem outra é correta”, explicou Aluízio de Azevedo.
Realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Prêmio Rodrigo tem como objetivo valorizar e promover ações que atuam na preservação dos bens culturais do Brasil. Em 2022, teve como tema a Sustentabilidade Socioeconômica do Patrimônio Cultural e foram escolhidos 10 projetos vencedores.
Assessoria de Comunicação Iphan
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Guilherme Gomes -
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