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Conjunto tombado
Em Goiânia (GO), obras do BRT na Praça Cívica são aprovadas
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por meio da superintendência em Goiás emitiu na quarta-feira, 10, o parecer que autoriza a implantação do BRT Norte-Sul no trecho da Praça Cívica. O local concentra grande parte dos edifícios tombados pelo Iphan pertencentes ao Conjunto Arquitetônico Art Déco e Urbanístico de Goiânia (GO).
O parecer técnico encaminhado à Prefeitura de Goiânia, autora do projeto do BRT, autoriza a execução das estações de embarque e desembarque, sendo duas ao norte da Praça (em frente ao Museu Zoroastro Artiaga e o edifício dos Correios) e outras duas na porção sul (em frente ao Centro Administrativo - Palácio Pedro Ludovico Teixeira). Além disso, foram aprovadas as readequações e nova disposição dos canteiros centrais, entre os anéis interno e externo da Praça, em função da reordenação do fluxo de tráfego de veículos e pedestres.
O projeto requereu a aprovação do Iphan-GO por se tratar de uma área tombada. Segundo o superintendente do Iphan-GO, Allyson Cabral, o projeto apresentado foi aprovado visto que não haverá alteração substancial no desenho da Praça Cívica, marco inicial da capital goiana. “Neste caso, não haverá comprometimento na leitura do traçado tombado, mantendo-o preservado, bem como a riqueza de todo o patrimônio cultural que o compõe”, pontuou.
Quanto à retirada de árvores na Praça para as instalações das estações de embarque e desembarque do BRT, o Iphan solicitou a recomposição da massa vegetativa no local. Para isso, a Prefeitura de Goiânia se propôs a replantar outras mudas de árvores nos canteiros centrais e nas calçadas.
Obras do BRT na Av. Goiás
O Iphan deu prioridade à análise da documentação do trecho da Praça Cívica por já estar em obras. Agora, os técnicos do Instituto irão avaliar os projetos de arborização da Av. Goiás, bem como a instalação das estações de embarque e desembarque na avenida, uma das principais da cidade. O trecho também possui monumentos e prédios que compõem o conjunto tombado.
Desde o início das obras do BRT nos trechos onde se localizam grande parte dos edifícios tombados a nível federal, o Iphan demonstrou preocupação quanto à preservação e integridades dos prédios históricos. Diante disso, por orientação do Iphan, a Prefeitura de Goiânia utilizou maquinários de compactação das vias com menor vibração, para que tenha menor impacto nos bens no entorno da Av. Goiás e Praça Cívica.
“O rolo pé-de-carneiro foi substituído pelo rolo liso, para evitar vibrações excessivas aos bens tombados. Durante toda a obra, está havendo monitoramento constante dos edifícios de modo a garantir a integridade dos mesmos”, explica a arquiteta do Iphan-GO, Déborah Souto.
Patrimônio Cultural Brasileiro
Em 2003, foi tombado pelo Iphan o conjunto urbano de Goiânia, que inclui o traçado viário dos núcleos pioneiros e 21 edifícios e monumentos públicos, concentrados em sua maioria no centro da cidade – na Praça Cívica – e no Setor Campinas, antigo município.
Goiânia foi planejada e construída para ser a capital de Goiás, por iniciativa do político goiano Pedro Ludovico Teixeira, em consonância com a Marcha para o Oeste – estratégia desenvolvida no final dos anos 1930, pelo governo de Getúlio Vargas, para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste. O estilo art déco inspirou os primeiros prédios públicos da cidade projetada pelo urbanista Attílio Corrêa Lima.
Para as via públicas, praças e espaços livres, Attílio projetou para Goiânia um desenho urbano de concepção barroca, adotando critérios modernos para atingir um caráter artístico e monumental, qualificando a nova capital. Como partido, adotou grandes perspectivas propiciadas por avenidas largas, praças com grande circulação de pessoas e preocupou-se em prever generosas áreas verdes que visem à salubridade, vivência e fruição do espaço público. A área protegida pelo Iphan corresponde a esse plano original, além de trecho do setor Campinas e sua conexão com o Setor Central, como forma de ressaltar a relevância do antigo núcleo urbano, hoje bairro da cidade.
Crédito da imagem: Déborah Souto
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