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PATRIMÔNIO IMATERIAL
Documentário sobre o Teatro de Bonecos é lançado no Rio Grande do Norte
Dona Dadi, a ‘calungueira do sertão’
Seja nomeado como Mamulengo, Babau ou Cassimiro Coco, o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, que no Rio Grande do Norte é mais conhecido como teatro de João Redondo, é tema do documentário João Redondo: Passado, presente e futuro, de Julhin de Tia Lica. A obra será lançada em uma live, com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com o Museu Câmara Cascudo (MCC), no canal oficial do Iphan no YouTube .
O encontro, marcado para terça-feira (27), conta com a participação do superintendente do Iphan-RN, Cláudio Machado, superintendente do Iphan no Rio Grande do Norte. O evento também recebe o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Tassos Lycurgo, o diretor do MCC, Everardo Ramos, e o bonequeiro e diretor do documentário, Julhin.
Durante a live, os participantes assistirão, em primeira mão, a trechos do documentário, com depoimentos de mestres bonequeiros do Rio Grande do Norte. “A ideia é focar nos mestres antigos, na história, nos fundamentos. É mostrar ao público o que é o Teatro de Bonecos, o Teatro do João Redondo, e a importância dele para a cultura popular”, conta Julhin. O filme recebeu apoio da Lei Aldir Blanc de emergência cultural.
A live busca também revisitar a história e pensar sobre o futuro da manifestação, que é registrada como Patrimônio Imaterial desde 2015. O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste vem se atualizando ao longo do tempo, enquanto permanecem as relações de tradição, pertencimento e coletividade no universo cultural na qual se desenvolve.
De acordo com o superintendente Cláudio Machado, “a história de João Redondo está na raiz do povo nordestino, muito presente nas feiras e outros locais de encontros populares, espalhados por nossos rincões, muito além das capitais”. Segundo ele, “muitos mestres estão em idade avançada, e esse registro em forma de vídeo tem um valor imenso, para que esta memória não se perca”.
O documentário reúne, por exemplo, a última entrevista de Dona Dadi, a ‘calungueira do sertão’, que veio a falecer pouco depois desta gravação, conta Cláudio Machado. A obra traz uma síntese de entrevistas, que serão disponibilizadas, na íntegra, ao Museu Câmara Cascudo e ao Iphan. “Uma iniciativa louvável e valorosa”, conclui o superintendente.
Serviço:
Live -
Lançamento do documentário: João Redondo: passado, presente e futuro
Data: 27 de abril, às 15h30h
Canal:
youtu.be/_lyoQV-8hsc