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CELEBRAÇÃO
Dia Nacional do Forró é celebrado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)
Título foi concedido na última quinta-feira (09.12) e entregue nesta segunda-feira. Crédito: Marina Sabioni(Ascom/Iphan)
Em homenagem ao nascimento do cantor e compositor Luiz Gonzaga, também conhecido como o Rei do Baião, foi comemorado, nesta segunda-feira (13), o Dia Nacional do Forró. Para celebrar a data e o título das Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil, o Ministério do Turismo, a Secretário Especial de Cultura e o Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan) promoveram evento no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
O evento contou com a com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, dos ministros Gilson Machado Neto (Turismo); Ciro Nogueira (casa Civil); Braga Netto (Defesa), Marcelo Queiroga (Saúde); Fábio Faria (Comunicações) do secretário Especial de Cultura, Mário Frias, da presidente do Iphan, Larissa Peixoto e demais autoridades.
O título “Forró como como Patrimônio Cultural do Brasil” foi entregue, oficialmente, ao cantor e compositor cearense, Alcymar Monteiro. A entrega do certificado representa a inclusão das Matrizes Tradicionais do Forró entre os bens imateriais registrados como Patrimônio Cultural. A cerimônia também contou com apresentação cultural do trio de forró, Dona Nega.
Durante seu discurso, o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, enalteceu o apoio do presidente Jair Bolsonaro para a concessão do título. “O pedido de Patrimônio Cultural esperou 10 anos para acontecer, mas o forró é nosso patrimônio há muito mais tempo. Nosso país vai ter duas histórias, uma antes do legado do presidente e outra depois. Muito obrigado aos forrozeiros que estão aqui encanta e leva alegria a milhares de pessoas não poderia ficar de fora dessa importante lista. Parabéns para nós!”, declarou.
O secretário especial de Cultura, Mário Frias, destacou a importância do trabalho do governo federal na busca do reconhecimento e proteção dos bens nacionais. “Nosso trabalho é desenvolver a cultura e favorecer a nossa população. Nosso objetivo é enaltecer artistas como Luiz Gonzaga e Dominguinhos. O forró nos representa!”, pontuou.
“Este título, enquanto política de estado, reconhece tais matrizes como importante componente da identidade nacional, essencial para que seja possível pensar em estratégias públicas condizentes para torná-las um bem cultural cada vez mais difundido, conhecido e respeitado” declarou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto.
A presidente do Iphan, Larissa Peixoto destacou que o Iphan tem uma atuação regulatória e fiscalizatória relevante e por isso grande parte do PIB do brasil, cerca de 70 bilhões/ano, passa pela análise do Instituto. “São mais de 28 mil sítios arqueológicos, mais de 1,2 mil bens tombados, 52 bens imateriais como o modo de fazer o queijo de minas e agora as Matrizes Tradicionais do Forró. Além de 84 mil bens localizados em conjuntos urbanos tombados, sob a nossa tutela”, completou.
O título e as Matrizes Tradicionais do Forró
A solicitação de Registro foi apresentada em 2011 pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba, recebendo o endosso da superintendência do Iphan no estado da Paraíba. A proposta teve apoio de 423 forrozeiros de todo país, por meio de abaixo-assinado.
A decisão aconteceu na última quinta (9), durante a 99ª Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A partir de agora, o Brasil tem, em sua lista, 52 bens registrados como patrimônio imaterial.
As Matrizes Tradicionais do Forró têm contribuído há mais de um século para a construção da identidade nordestina e nacional, especialmente no tocante aos seus gêneros, modos de dançar e saberes enraizados no cotidiano do povo nordestino e de várias comunidades espalhadas pelo Brasil, que tem o forró como marca de vivências coletivas do trabalho e de experiências festivas.
As Matrizes surgiram no sertão nordestino e foram sendo difundidas pelas cidades, sobretudo por ocasião dos festejos juninos, que têm em Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, suas realizações mais expressivas em território brasileiro, além de festivais no Sudeste, como em Itaúnas/ES e Belo Horizonte. Também é expressiva a existência das Matrizes Tradicionais do Forró no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, na região sul – reduto de fabricação de instrumentos – e na região norte, para onde migraram nordestinos que foram trabalhar nos seringais.
A pesquisa também identificou a propagação do forró no exterior, inclusive junto a profissionais que fazem intercâmbio de seus conhecimentos e práticas. Desta forma, as Matrizes Tradicionais do Forró extrapolam o Nordeste e são um símbolo da identidade brasileira em todo o território nacional.
Com o reconhecimento do Conselho Consultivo, as Matrizes Tradicionais do Forró foram inscritas no Livro de Registro das Formas de Expressão, com abrangência nacional, onde também estão registrados bens como o Repente, a Ciranda do Nordeste, a Roda de Capoeira, o Maracatu Nação (PE), o Carimbó (PA) e a Literatura de Cordel. A partir de então, as Matrizes Tradicionais do Forró passam a ser alvo de políticas públicas para a salvaguarda da manifestação.
*Com informações do Ministério do Turismo
Imagens: Ascom/Iphan (Marina Sabioni)
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