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CAPACITAÇÃO
Curso oferece treinamento e troca de experiências sobre patrimônio cultural em caso de catástrofe
Participantes do curso "Capacetes Azuis para a Cultura", realizado no Rio de Janeiro. Foto: Iphan
O curso contou com a participação de profissionais da cultura e de forças de segurança do Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai e Itália. A capacitação foi patrocinada pelo governo italiano, especificamente pela Direção-geral de Cooperação e Desenvolvimento do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional (MAECI), em colaboração com o Ministério da Cultura da Itália e com o Comando de Proteção do Patrimônio Cultural dos Carabinieri, Força de Segurança Nacional do país.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, avalia que o curso “é um importante passo na construção de parcerias entre as instituições nacionais e internacionais para responder de forma preparada e coordenada perante situações como crimes contra o patrimônio, conflitos armados, efeitos das mudanças climáticas e outras situações que colocam o patrimônio cultural em situação de vulnerabilidade”, lembrando dos patrimônio vandalizados em Brasília em janeiro de 2023 e das recentes inundações que atingiram o Rio Grande do Sul. Grass também destaca o treinamento de equipes para ocorrências de furtos ou tráfico ilícito de bens culturais durante estas situações.
Realizado no Centro Cultural do Patrimônio - Paço Imperial, bem tombado pelo Iphan em 1938 e que atualmente funciona também como centro de exposições e eventos, o curso contou com aulas e oficinas. Os principais temas tratados foram aorganização e normas relativas à proteção dos bens culturais e gestão de emergências; procedimentos de proteção e gestão das intervenções sobre bens culturais; organização e integração do sistema nacional de proteção civil; e intervenções de segurança em patrimônio histórico, artístico e arquitetônico. O curso contou ainda com sessões práticas de simulação de eventos catastróficos, realizadas nas instalações do Museu Histórico Nacional, do Ibram.Participam da atividade técnicos e analistas do Iphan da área de conservação, arquitetura, arquivo e documentação, autorização e fiscalização e de arqueologia. Para a arqueóloga do Centro Nacional de Arqueologia (CNA) Raquel Santos, a participação do instituto no curso “foi uma oportunidade importante para os servidores trocarem experiências com instituições que lidam com o Patrimônio cultural no Brasil e em outros países, como Chile, Paraguai, Colômbia e Itália”.
“O grupo pode debater questões teóricas e realizar atividades práticas e interdisciplinares relacionadas ao resgate de bens culturais no caso de catástrofes e risco ao patrimônio cultural”, destacou a coordenadora de Socialização e Conservação (Cosoc), Ana Paula Leal.
Também foram realizadas visitas técnicas a Instituições de Guarda e Pesquisa (IGP) do patrimônio cultural, entre elas, à Biblioteca Nacional e ao Sítio Burle Marx, propriedade onde o artista e paisagista morou e produziu em seus últimos vinte anos de vida. Desde 1985, o Sítio é uma unidade especial vinculada ao Iphan, tendo sido reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco em 2021.
Capacetes Azuis para a Cultura
Os Capacetes Azuis para a Cultura são uma força tarefa criada pela Unesco e pelo governo da Itália em 2016 com o objetivo de proteger e conservar o patrimônio cultural do planeta, inclusive em locais afetados por conflitos.
Inspirados nos Capacetes Azuis, forças pacificadoras da Organização das Nações Unidas (ONU), esta frente não atua militarmente, e tem como foco a reparação dos danos causados por desastres naturais ou conflitos armados e o tráfico de arte.
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Marina Baldoni Amaral – marina.amaral@iphan.gov.br
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