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LITERATURA DE CORDEL
Cordelistas participam da Festa Literária Internacional de Paraty
Xilogravura da detentura Nireuda retrata o hábito de carregar cordéis na mala Brasil afora.
Tem cultura popular em um dos maiores eventos literários do país! A Casa Cordel é o espaço que vai inser ir a Literatura de C ordel na programação da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) , que ocorre entre os dias 23 e 27 de novembro. Situad o no coração da Praça Matriz, no centro histórico de Paraty (RJ), o Escritório Técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Costa Verde recebe os cordelistas .
O público da Flip poderá aproveitar uma programação vasta e diversa, inteiramente dedicada a este gênero literário tipicamente brasileiro. As atividades incluem sessões de leitura, canto e declamação , apresentações poéticas e musicais, lançamento de cordéis, entre outros. O coletivo de salvaguarda da Literatura de Cordel RJ se apresenta logo no primeiro dia (23) , às 11h . No mesmo horário do dia seguinte (24) , a Casa Cordel promove uma c iranda de cordel para público infanto-juvenil , a fim de aproximar diversas faixas etárias deste bem cultural tão adorado pela população.
Rodas de conversas com os cordelistas vão se desenrolar ao longo de todo o evento. No dia 23, o tema "Cordel, educação e formação de público leitor" será abordado por Severino Honorato . No dia seguinte, é a vez de Paola Torres, Dalinha Catunda e Nalda Villenave debaterem "Mulheres no cordel: revolução anti-machista " . Quem discute "Cordel e contação de histórias: possibilidades" na sexta (25) é Cleusa Santo . Já "Experiências com clubes de leitura de cordel: depoimento" será conduzid a por Lucineide Vieira . Por fim, a "Salvaguarda da Literatura de Cordel: desafios", com Letícia Ribeiro (I phan -RJ) e Fernando Assunção (Amo Cordel) concluem a série de diálogos.
Durante toda a Flip, os visitantes poderão conhecer e adquirir cordéis de autores de diferentes estados do p aís. É uma chanc e de adentrar no universo das obras literárias que despontaram no Norte e Nordeste para depois sere m disseminadas e abraçadas por todo o território nacional.
A Literatura de Cordel foi registrada pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro em 2018. Logo no ano seguinte (2019) , o s cordelistas participaram da Flip em parceria com o Iphan , autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, conquistando o pú blico que compareceu em peso à Casa Cordel.
A Literatura de Cordel foi inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão em setembro de 2018. Esse bem cultural circula em divers os estados , especialmente Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. A difusão por todo o território nacional demonstra a sua relevância cultural para a sociedade brasileira.
Confira a programação completa da Casa Cordel.
O bem cultural
A Literatura de Cordel refere-se não apenas ao gênero literário, mas também a um veículo de comunicação, ofício
,
e meio de sobrevivência para inúmeros cordelistas. Inserido na cultura nacional em fins do século XIX, o cordel é elemento constituinte da diversidade cultural brasileira, com contribuições das culturas africana, indígena, europeia e árabe. Conjuga tradições da oralidade, da poesia e das narrativas em prosa, e se constituiu como uma relevante forma de expressão.
Ao longo do seu desenvolvimento, se
associ
ou
às narrativas orais, à cantoria, ao repente, à embolada, à glosa e à declamação
. A
estruturação dos poemas favorece a
fácil memorização dos versos
, o que contribuiu para a enorme popularidade do gênero.
Inicialmente, o termo cordel era associado à forma editorial dos textos, veiculados em pequenas brochuras impressas em papel barato e vendidas suspensas em cordões de lojas de feiras e mercados.
Hoje em dia
,
poetas cordelistas também definem o cordel como gênero literário constituído obrigatoriamente de três elementos principais: métrica, rima e oração. Tais componentes associados às ilustrações das histórias estampadas nas capas dos livretos, tradicionalmente em xilogravura, são partes da cultura encantadora da Literatura de Cordel.
A
inserção
deste bem n
a cultura brasileira representa a vivência de diversos grupos sociais muitas vezes não contemplados pela literatura de tradição acadêmica.
Por
tant
o, a participação em um dos maiores eventos literários do país também é uma reivindicação por reconhecimento. O
desenvolvimento dessa forma de expressão perpassa pela transmissão de conhecimentos elementares para a formação da nossa sociedade e,
também
por isso, a Literatura de Cordel
integra o
Patrimônio Cultural do Brasil.
Serviço
Casa Cordel na Flip
Período:
23 a 27 de novembro
Local:
Escritório Técnico do Iphan na Costa Verde
Endereço:
Praça Monsenhor Hélio Pires (Praça da Matriz),
n.º
31
8
Horário:
10h às 17h
Crédito das fotos: Daniela Reis
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Iphan
Daniela Reis
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(61) 2024-5516
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