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Convênio nacional entre Iphan e Sebrae oferece apoio à comercialização para detentores do patrimônio imaterial
Foto: Marina Sabioni/Iphan
Com o objetivo de realizar ações de capacitação, promoção e apoio à comercialização para detentores de bens de natureza imaterial registrados como Patrimônio Cultural do Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) firmaram um convênio de cooperação técnica para salvaguardar o Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro.
Como uma das primeiras ações do convênio, serão promovidos workshops regionais para integração das equipes das superintendências do Iphan e dos escritórios estaduais do Sebrae. O workshop inicial foi realizado nesta terça-feira (08), em Brasília (DF), reunindo técnicos da região Centro-Oeste.
"Hoje é um dia de celebração. Verificamos a necessidade de trabalhar com os detentores, dar qualidade aos seus serviços, pois muitos deles são microempreendedores individuais” destaca a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Vamos trabalhar cooperativismo, marketing digital e muitos outros temas que ajudem a aumentar a renda dos detentores. Era um sonho que virou realidade", acrescenta.
Na sequência, os workshops das regiões Sul/Sudeste, Norte e Nordeste estão agendados, respectivamente, para as cidades de São Paulo (10/11), Manaus (17/11) e Recife (29/11).
As ações do convênio estão previstas em três eixos: Capacitação dos detentores de bens culturais registrados e formalização de seus pequenos negócios, com foco em adequar para o mercado os produtos e serviços associados ao patrimônio cultural; Promoção dos bens imateriais para fortalecer a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial brasileiro; Apoio à comercialização de produtos e serviços ofertados pelo público-alvo do Convênio.
Trabalho conjunto
O Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, tem atualmente 52 bens de natureza imaterial registrados como Patrimônio Cultural do Brasil em quatro livros: Livro de Registro dos Saberes; Livro de Registro das Celebrações; Livro de Registro das Formas de Expressão e Livro de Registro dos Lugares.
Vale ressaltar que o objetivo central da Política de Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial é promover a autonomia dos detentores na gestão do seu patrimônio, valendo-se da articulação interinstitucional com pessoas físicas e jurídicas afeitas ao campo dos bens registrados, promovendo, assim, a sustentabilidade desses patrimônios. Considerando que parte considerável dos bens registrados dispõe de produtos ou serviços comercializados ou prestados por seus detentores, o Sebrae, com a missão de transformar os pequenos negócios em protagonistas do desenvolvimento sustentável do Brasil, torna-se um importante parceiro do Iphan, cuja atuação busca proteger, divulgar e promover o patrimônio cultural brasileiro.
"O foco do Sebrae é o pequeno negócio. Estamos falando de turismo, artesanato e afins. O objetivo maior é discutir e estruturar um plano de ação e apoio aos pequenos negócios dos detentores de bens imateriais”, explicou a gerente adjunta da unidade de competitividade do Sebrae, Karen Sitta.
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