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PATRIMÔNIO CULTURAL
Conselho Consultivo reconhece mais dois bens como Patrimônio Imaterial do Brasil
As propostas foram aprovadas por unanimidade. (Foto: Mariana Alves)
A agenda da 104ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural foi encerrada nesta quinta-feira (9/5), com a aprovação do reconhecimento do Ofício, Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais e do Samba de Bumbo Paulista como Patrimônio Cultural do Brasil. Os bens serão inscritos no Livro de Registro dos Saberes e no Livro de Registro das Formas de Expressão, respectivamente.
Na ocasião, também foi aprovado o tombamento definitivo da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Coqueiro Seco (AL), que recebeu proteção provisória do Iphan em 2011. O bem será inscrito no Livro do Tombo das Belas Artes e no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
De acordo com o presidente do Iphan, Leandro Grass, o trabalho de patrimonialização envolve o entendimento de que o Patrimônio e a cultura são elementos que dizem sobre as pessoas. O presidente destacou também a necessidade de fortalecer e valorizar os bens culturais brasileiros, que representam a diversidade das identidades do País. “Precisamos reapresentar o Brasil a si mesmo e popularizar o patrimônio cultural, conectando cada vez mais o patrimônio ao nosso povo”, ressaltou.
O segundo dia de reunião contou com a presença de representantes das parteiras e de grupos tradicionais de Samba de Bumbo do interior paulista, que acompanharam de perto as votações.
“Enquanto existir vida humana, existirá parteira!”, destacou a parteira pernambucana Dona Prazeres, afirmando, ainda, que esse saber precisa ser passado adiante, de modo a preservá-lo.
A relatora do processo de registro do Ofício, Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil, Gilvânia Maria da Silva, apontou em seu parecer a importância desse conhecimento e práticas para a sociedade, especialmente para as mulheres.
“[o reconhecimento] é uma reparação histórica às parteiras tradicionais do Brasil, por tudo o que representam, sobretudo em territórios tradicionais indígenas, quilombolas e de terreiros”, frisou Gilvânia. “Em uma combinação de continuidades ancestrais com, em muitos casos, ausência total de políticas públicas, as parteiras foram e continuam sendo os únicos suportes à vida de centenas de mulheres e seus filhos e filhas”, concluiu.
A sessão foi encerrada com apresentação de Samba de Bumbo Paulista, após aprovação do registro do bem cultural. “É uma é forma de expressão que articula aspectos musicais, coreográficos e poéticos em torno de agrupamentos de tradição familiar que têm como objetivo o congraçamento coletivo, a devoção religiosa, o pertencimento e a manutenção de laços de solidariedade”, detalhou a relatora do processo de registro, a urbanista e historiadora Alessandra Martins.
Assessoria de Comunicação Iphan
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Letícia Maciel - leticia.vale@iphan.gov.br
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