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PATRIMÔNIO CULTURAL
Conselho Consultivo reconhece mais dois bens como Patrimônio Cultural
Os dois bens tiveram aprovação unânime. (Fotos: Mariana Alves)
O segundo dia de agenda da 103ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural foi encerrado com a aprovação do registro do Choro e do tombamento do Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, localizado em Cachoeira (BA). Os dois bens foram reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil por votação unânime e serão inscritos no Livro das Formas de Expressão e no Livro do Tombo Histórico, Etnográfico e Paisagístico, respectivamente.
Dando continuidade aos trabalhos de apreciação e votação das propostas de reconhecimento iniciadas na última quarta-feira (28/02), o presidente do Iphan e presidente do Conselho Consultivo, Leandro Grass, destacou a importância do momento. “Hoje é um dia muito especial para o Brasil e para o Patrimônio Cultural brasileiro. Assim como para as comunidades, os coletivos, os detentores e detentoras que aqui estão”, ressaltou Leandro.
A relatora do processo de tombamento do Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, Márcia Genésia de Sant'Anna, apontou a importância da participação social para o reconhecimento do bem. “A proposta de tombamento [do terreiro] é uma valiosa oportunidade para se documentar como o comprometimento comunitário com a preservação de um bem cultural é essencial para a sua existência e continuidade”, ressaltou Márcia.
A relatora acrescentou também que, apesar da grandeza do patrimônio negro da formação social e cultural do país, ainda há um número reduzido de terreiros tombados em caráter definitivo, totalizando apenas 11 em todo o Brasil. “O tombamento do Icimimó nos convida a pensar os terreiros de candomblé como Lugares onde se realizam, preservam e são transmitidos saberes tradicionais e práticas culturais de valor inestimável”, complementou.
Finalizada a votação da proposta de tombamento do Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, a reunião seguiu com a apreciação do pedido de registro do Choro como Patrimônio Cultural Imaterial.
A relatora do processo, Márcia Regina Chuva, apresentou, em seu parecer, a importância do bem cultural por sua abrangência pelo país e pelo caráter democrático. De acordo com ela, o Choro é, hoje, uma música de rua, e as rodas contribuem para a ocupação cultural dos espaços públicos das cidades. “Como expressão musical com profunda capilaridade, conhecida em todas as regiões do país, em diferentes sotaques, o Choro envolve materialidades e imaterialidades que são referências às identidades, ações e memórias de diferentes grupos da sociedade brasileira”, ressaltou Márcia Regina Chuva.
Após as votações, a programação segue com apresentações culturais no Clube do Choro de Brasília, em comemoração ao reconhecimento da manifestação como Patrimônio Imaterial.
A 103ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural teve início na última quarta-feira (28), com a posse dos novos membros e aprovação do tombamento do Conjunto da Estação Júlio Prestes, em São Paulo (SP). O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural é o órgão colegiado de decisão máxima do Iphan e delibera sobre o tombamento de bens culturais materiais e o registro de bens culturais imateriais.
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