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PATRIMÔNIO CULTURAL
Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural empossa novos membros
Essa foi a primeira deliberação do Conselho após o decreto que ampliou a composição do órgão colegiado. (Fotos: Mariana Alves)
O primeiro dia da 103ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural foi finalizado com a aprovação, por unanimidade, do tombamento definitivo do Conjunto da Estação Júlio Prestes, em São Paulo (SP). Essa foi a primeira deliberação do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural após o decreto que ampliou a composição do órgão colegiado. Os novos conselheiros foram empossados em cerimônia realizada pela manhã, no Auditório Heloísa Alberto Torres, na Sede do Iphan, em Brasília (DF). Na ocasião, também foi realizada homenagem a ex-membros que fizeram história no Conselho.
O momento contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes; do presidente do Iphan, Leandro Grass; do secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto; e do coordenador-geral de Memória e Verdade e de Apoio à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério de Direitos Humanos, Hamilton Pereira.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou a diversidade da cultura brasileira como ferramenta de apoio e libertação do povo. “Cada registro e memória de cada cultura abre para nós outros campos de percepção. Por isso a importância do apoio às nossas culturas originais e afro-brasileiras”, pontuou Margareth. “A cultura é viva e se retroalimenta de políticas culturais”, acrescentou.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, reforçou a representatividade do momento, de celebração e retomada da cultura e da valorização do Patrimônio Cultural do país. “Uma de nossas prioridades é a reabertura do Iphan à sociedade, promovendo mais participação, mais escuta, com um olhar mais atencioso para aqueles que historicamente foram negligenciados e excluídos das políticas de patrimônio”, reforçou Grass.
A valorização da memória e cultura brasileiras também foi destacada pelo Coordenador-Geral de Memória e Verdade e de Apoio à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério de Direitos Humanos, Hamilton Pereira. “Memória é quando a gente converte recordações individuais ou de grupos em ação coletiva, portanto, em política”, definiu Hamilton.
Já o embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto relembrou os relatos de Lauro Cavalcante acerca da fundação do Iphan na década de 1930. Segundo ele, havia uma grande disputa de visões de patrimônio que norteariam o novo órgão: “Uma que foi vitoriosa, que queria incluir não só a memória, o passado, mas todas as manifestações modernistas da sociedade brasileira, e outra que olhava apenas para o passado, o colonialismo. Venceu a primeira, ainda bem”, apontou.
A votação que aprovou o tombamento do Conjunto da Estação Júlio Prestes foi realizada no turno da tarde. O bem será inscrito no Livro do Tombo de Belas Artes e no Livro do Tombo Histórico. A agenda da 103ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural segue até amanhã, quando serão apreciadas as propostas de tombamento do Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, na Bahia, e de registro do Choro como Patrimônio Cultural do Brasil. Os debates e decisões podem ser acompanhados online pelo canal do Iphan no Youtube.
Saiba mais sobre o tombamento do Conjunto da Estação Júlio Prestes (SP).
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