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PATRIMÔNIO EDIFICADO
Conjunto da Estação Júlio Prestes (SP) recebe tombamento provisório do Iphan
O conjunto foi indicado à inscrição no Livro do Tombo de Belas Artes e no Livro do Tombo Histórico. (Foto: Carolina Pádua)
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou provisoriamente o Conjunto da Estação Júlio Prestes, em São Paulo (SP). O conjunto inclui a Gare, Prédio da Estação e Prédio da Administração.
A Estação Júlio Prestes, construída no século XX, constitui um dos mais significativos testemunhos das realizações da Companhia Estrada de Ferro Sorocabana, fundada em 1875 com o objetivo de ligar a região de Sorocaba a São Paulo. A companhia contribuiu não apenas com o desenvolvimento ferroviário do estado de São Paulo, mas também ajudou a integrar os estados do Sul e da região Centro-Oeste.
O edifício da Estação Júlio Prestes se destaca por suas características específicas, um exemplar de estações modernas. O conjunto edificado tem como referência os padrões norte-americanos, contrastando com aqueles oriundos das instalações pioneiras de tradição britânica. O bem representa uma época em que o transporte ferroviário de passageiros era a principal forma de locomoção de longa distância.
O Conjunto da Estação Júlio Prestes é indicado à inscrição no Livro do Tombo de Belas Artes, por ser uma construção monumental, exemplo máximo de uma determinada arquitetura do período. Também foi indicado à inscrição no Livro do Tombo Histórico, como a materialização de uma forma de pensar a questão econômica, com um intervencionismo estatal, que fugia dos padrões do liberalismo clássico, o que era uma novidade na forma de pensar da década de 1920 no Brasil.
Proteção
Com o tombamento provisório, o conjunto passa a ter proteção federal, por meio do Iphan, contra quaisquer tipos de destruição, demolição ou mutilação. O bem também não pode sofrer qualquer tipo de restauração ou modificação sem a prévia autorização do Instituto, nos termos do Decreto-Lei nº 25 de 30 de novembro de 1937.
O tombamento definitivo será decidido em reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, após análise técnica dos conselheiros. O Conselho é órgão integrante da estrutura do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.
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