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MÊS DA MULHER
Combate à violência contra as mulheres é foco de debate em evento promovido pelo Iphan e Ipea
Além de palestra e mesa-redonda, a programação também incluiu exposição fotográfica, apresentação musical e de Literatura de Cordel. (Foto: Thiago Sousa)
Os desafios encontrados pelas mulheres no mercado de trabalho e na sociedade foram pauta de debate realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Fundação de Previdência Complementar (Fipecq), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O evento faz parte das ações em referência ao mês da mulher e foi realizado nesta segunda-feira (20), integrando servidores e gestores das instituições.
Com a temática “Elas Fazem Assessoria & Pesquisa e Patrimônio Cultural”, a mesa de abertura contou com a presença do presidente do Iphan, Leandro Grass, e da presidente do Ipea, Luciana Servo. Em seguida, a pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) Carla Antloga apresentou reflexões sobre a violência contra as mulheres e as diferentes formas como ela se manifesta no cotidiano.
De acordo com a pesquisadora, a violência contra as mulheres se apresenta de maneira sutil, muitas vezes naturalizada e até banalizada. “Violência não é só bater em mulher. A principal delas, claro, culmina na morte. Mas não começa no tapa, começa na narrativa, que é permeada por machismos e pela desculpabilização de quem promove a violência”, explicou. “A violência é reproduzida também no ambiente de trabalho, como a apropriação das nossas ideias pelos colegas homens, a interrupção de nossas falas e situações afins”, acrescentou.
Segundo o presidente do Iphan, Leandro Grass, uma das medidas empenhadas pelo Instituto no combate ao machismo institucional é a construção da Comissão de Equidade e Diversidade e Gênero, formada por servidoras, mas que aponta para a participação masculina no debate. “Nossa sociedade é recortada pelo machismo diário. Nós homens precisamos nos incluir frontalmente e reformular nossas lógicas de masculinidade, nossos papéis sociais que são uma construção que vêm desde o passado, mas que até hoje assimilamos e reproduzimos”, reforçou.
A presidente do Ipea, Luciana Servo, destacou a necessidade de debater as questões de gênero dentro das instituições. “O diálogo sobre as violências contra as mulheres são parte dos estudos desenvolvidos pelo Ipea. No entanto, essa discussão deve ser levada não apenas para fora, mas também para dentro das nossas instituições”, apontou.
Também fez parte da programação uma mesa-redonda que discutiu as violências praticadas contra as mulheres e as formas de combate. O debate foi mediado pela servidora do Iphan Maíra Corrêa; e contou com a participação da pesquisadora do Ipea Joana Alencar; da pesquisadora da UnB Carla Antloga; e da coordenadora do Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado Federal, Stella Maria Vaz.
O evento também incluiu uma exposição fotográfica que retrata mulheres detentoras do Patrimônio Cultural Brasileiro, com curadoria da fotógrafa Mariana Alves. A detentora de Literatura de Cordel, Onã Silva, também trouxe reflexão sobre violência contra as mulheres, recitando o cordel de sua autoria “Chega de violência, mulher merece bemquereça”. A banda Trio à Brasileira trouxe a alegria do samba e do pagode para o encerramento da programação.
Assessoria de Comunicação Iphan
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