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PRÊMIO RODRIGO 2021
Com debate nas redes sociais, ação produz conhecimento sobre a arquitetura neocolonial de Santa Catarina
Portas, janelas e paredes guardam casas, escolas, oficinas. E contam histórias do que se passa dentro e fora das edificações. Tanto as marcas do tempo incrustadas nas pedras, quanto as memórias nas lembranças das pessoas precisam ser coletadas e pesquisadas para compor uma narrativa que dê conta da vida de um povo.
Vencedora do Prêmio Rodrigo 2021 , a ação Arquitetura Neocolonial em Santa Catarina: do erudito ao popular nasceu para contar parte dessa história. O objetivo é aprofundar o conhecimento sobre a arquitetura neocolonial e seus impactos na construção da identidade das cidades catarinenses. Para isso, o projeto se debruçou sobre uma área piloto: o Distrito Sede de Florianópolis (SC). A ação foi premiada na categoria que reconhece projetos adaptados ao contexto da pandemia, no segmento voltado a pessoas físicas.
Com recorte do período de 1930 a 1960, a arquitetura neocolonial catarinense aos poucos está sumindo do mapa no estado. Até mesmo para que os imóveis sejam protegidos pelos órgãos de preservação do Patrimônio Cultural falta bibliografia regional sobre o tema que fundamente processos de tombamento. Nesse contexto, o projeto se iniciou no final de 2019 com a missão de desenvolver um inventário sobre a arquitetura neocolonial de Florianópolis.
A pandemia de Covid-19, porém, impôs mudanças de rota: as saídas de campo foram reduzidas e precedidas por varreduras em mapas virtuais. Em vez de diálogos presenciais com a comunidade, foram criados perfis do projeto nas redes socias. O público abraçou esses novos canais de forma calorosa e o trabalho rendeu uma série de vídeos sobre a pesquisa e temas correlatos, com profissionais convidados. As atividades culminaram com um seminário técnico realizado de forma virtual.
“O município de Florianópolis, a partir do inventário piloto realizado, abriu uma série de processos de salvaguarda dos bens, tanto de arquitetura erudita, quanto popular. Além disso, a pesquisa se disseminou por outras regiões e acabou estimulado duas pesquisadoras de outras cidades – Laguna e Lages – a desenvolverem suas pesquisas regionais”, celebra a coordenadora da ação, Vanessa Pereira.
Em setembro de 2020 o material desenvolvido foi entregue para os órgãos de preservação de Santa Catarina, incluindo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo. "Agora a ideia é utilizar o recurso do Prêmio para publicar o resultado em forma de livro e ampliar ainda mais o alcance da pesquisa, estimulando novos estudos”, conclui Pereira.
Acesse as redes sociais do projeto:
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Realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Prêmio Rodrigo tem como objetivo valorizar e promover ações que atuam na preservação dos bens culturais do Brasil. Este ano, foram escolhidos 12 projetos vencedores. Dez delas são contempladas com R$ 20 mil, e duas são reconhecidas com menção honrosa. A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada nesta quarta-feira, 13, a partir das 15h, com transmissão online.
Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan
Daniela Reis
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