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Patrimônio Agroalimentar
Colóquio online debate Ofício das Quitandeiras de Minas Gerais
Quitandeira produzindo rosquinhas em um tradicional forno de barro a lenha
Visando uma discussão ampliada sobre os sistemas alimentares, a política patrimonial e o que vem se convencionando chamar patrimônio agroalimentar brasileiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promove entre os dias 9 e 11 de dezembro o Colóquio Online Patrimônio à Mesa: Quitandeiras de Minas Gerais e o Patrimônio Agroalimentar. O evento, que terá transmissões ao vivo pelo canal do Iphan no Youtube, traz pesquisadores e técnicos do patrimônio imaterial e busca também a troca de experiências com municípios que já registraram práticas agroalimentares como patrimônio local.
As mulheres quitandeiras produzem artesanalmente e vendem iguarias da culinária regional. Elas são consideradas uma referência cultural mineira e detentoras de saberes tradicionais, além de atuarem como mobilizadoras de práticas sociais ligadas à memória e identidade cultural do Estado. A culinária permanece até os dias atuais, apresentando continuidade histórica e ressignificação. As quitandas, por sua vez, caracterizam-se pela pastelaria de produção caseira, a exemplo de bolos, broas, roscas, sequilhos, doces em geral. As receitas, inerentes ao ambiente familiar e repletas de significados, são transmitidas de geração a geração, de forma oral.
O termo “kitanda” significa tabuleiro e teve sua origem no quimbundo, língua falada no noroeste de Angola, na África, onde também denominava as feiras e mercados. No Brasil, deu nome aos pequenos estabelecimentos comerciais onde os produtos se encontram expostos para venda em tabuleiros. Argumenta-se que, em Minas Gerais, a palavra quitanda teria adquirido o seu significado atual, designando “tudo aquilo que é servido com café”.
Em 2013, a Secretaria Municipal de Congonhas (MG) solicitou o registro e encaminhou, ao Iphan, 44 declarações de anuência de quitandeiras dos municípios de Ouro Preto, Piranga, Sabará, Ouro Branco, Entre Rio de Minas, Itabirito, Jeceaba, São Brás do Suaçuí, Barão de Cocais, Lagoa Dourada, São Gonçalo do Rio Abaixo, Conselheiro Lafaiete e Belo Vale.
A superintendência do Iphan em Minas Gerais realiza um levantamento preliminar visando à identificação das quitandeiras e seu ofício, para subsidiar a instrução do processo de registro desse bem cultural. As interessadas podem preencher o Formulário de Informações Prévias sobre o Ofício das Quitandeiras de Minas Gerais, auxiliando na reunião do conhecimento necessário para o desenvolvimento do processo de registro.
Serviço:
Colóquio Online Patrimônio à Mesa: Quitandeiras de Minas Gerais e o Patrimônio Agroalimentar
Programação:
Dia 1 – 09/12
Link: https://youtu.be/4G7lrLTY8Dc
14:30 – Abertura oficial
Débora Nascimento França - Superintendente do Iphan em Minas Gerais (Iphan)
Raul Lody - antropólogo, museólogo, curador, escritor; especialista em antropologia da alimentação. Curador do Museu da Gastronomia Baiana.
15:30 - Mesa 1
Pesquisas e Inventários sobre patrimônio agroalimentar em Minas Gerais
José Newton Meneses – Professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Luciana Priscila do Carmo – Pesquisadora
Michele Arroyo – Presidente Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG)
Dia 2 – 10/12
Link: https://youtu.be/QDEUzgvCYNU
14:30 Mesa 2
Experiências Municipais de Registro de Patrimônio Agroalimentar em Minas Gerais
Mediação: Beatriz Muniz Freire - Historiadora
Gabriel Cassoli Cortelleti - Secretário de Cultura e Turismo - Prefeitura de Barão de Cocais
Miriam Lúcia Palhares Silva - Secretária de Cultura – Prefeitura de Congonhas
Hudson Augusto Silva- Historiador - Departamento de Promoção Cultural e Patrimônio Imaterial – Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio - Prefeitura de Ouro Preto
Isac Costa Arruda - Secretário Municipal de Cultura e Turismo/ Presidente do COMPHAP de Paracatu – Prefeitura de Paracatu
Marluce de Souza Pinto Coelho – Representante Prefeitura Pará de Minas
Dia 3 – 11/12
Link: https://youtu.be/1qqhaQ4N3hs
14:30 Mesa 3
Experiências de Registro de Patrimônio Agroalimentar pelo Iphan
Cláudia Márcia Ferreira - Diretora do CNFCP
Deyvesson Israel Alves Gusmão - Coordenador-Geral de Identificação e Registro/DPI
Maria Paula Adinolfi - Técnica Iphan-BA
Ricardo Augusto - Técnico Iphan-PI
Caetano Kayuna Sordi Barbara Dias - Técnico Iphan-RS
Marcos Monteiro Rabelo - Técnico Iphan-SP
16:30 - Sessão final – Encaminhamentos e Redação da Carta de Diretrizes
Mediação: Juliana Bonomo
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