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PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO
Cercamento e sinalização vão preservar sambaquis de Laguna (SC)
Os sambaquis próximos ao Farol de Santa Marta, em Laguna (SC), recebem sinalização e cercamento. Crédito: Ana Paula Cittadin
Os sambaquis próximos ao Farol de Santa Marta, em Laguna (SC), estão recebendo sinalização e cercamento. A ação foi definida pela superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Santa Catarina (Iphan-SC) como parte das medidas de preservação do Patrimônio Cultural arqueológico. O trabalho foi iniciado na primeira quinzena de janeiro e a previsão é que seja entregue até março deste ano.
O cercamento é instalado de forma a evitar a passagem de veículos, principalmente motocicletas, no sítio arqueológico Santa Marta III, do tipo “sambaqui”. De acordo com o Iphan-SC, este tipo de sítio é composto por grandes montes ou montículos que, por apresentarem obstáculos atrativos aos amantes de aventuras e trilhas, são impactados por esses esportes, como o motocross . Por isso, um dos objetivos da ação é contribuir para a valorização da região, além de delimitar o acesso ao local, com intuito de protegê-lo.
“Os montículos são muito mais que aglomerados de conchas. São resquícios e bens que chegaram até o presente e nos permitem saber mais sobre as populações que aqui viveram e enterraram seus mortos há alguns milhares de anos”, comentou a superintendente do Iphan em Santa Catarina, Liliane Janine Nizzola.A sinalização será composta por cinco placas informativas e cinco placas sensibilizadoras/educativas acerca do bem preservado. A superintendente explica que quem passar pelo local poderá conhecer mais sobre esses bens. Todo o processo de cercamento é acompanhado por arqueólogos e é feito de forma a não impactar os bens arqueológicos.
Grande parte dos sítios arqueológicos de Santa Catarina foram identificados no século passado pelo pesquisador João Alfredo Rohr, que já naquela época versava sobre a pressão sofrida pelos sítios em decorrência das atividades de mineração, por uso e ocupação da comunidade e avanços imobiliários. Como estas áreas carecem de delimitação e cercamento, encontram-se suscetíveis a impactos antrópicos diversos, inclusive o trânsito de veículos motorizados sobre as áreas expostas dos sambaquis.
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