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Catedral Imperial, em Petrópolis (RJ), conclui maior restauro da sua história
Catedral é um dos pontos mais conhecidos da cidade imperial. Créditos: Roberto Castro/Mtur
Esta semana marca uma conquista histórica para a cidade de Petrópolis (RJ), que em um ano de adversidades, abraça as boas notícias: a Catedral Imperial será inaugurada em 1º de julho, após amplo restauro iniciado em janeiro de 2021. As intervenções contemplaram a implantação de uma galeria de arte autoexpositiva e de um circuito de visitação do interior da cobertura do templo, que prometem incrementar a visita de fiéis e turistas.
Uma comitiva composta pelo ministro do Turismo , Carlos Brito, o superintendente do Iphan-RJ , Olav Schrader , e autoridades locais esteve no monumento nesta quinta-feira (30) , para uma visita técnica final na véspera da inauguração, a ser realizada nesta sexta-feira (01).
De caráter multidisciplinar e complexidade logística, as obras foram fomentadas pela Lei de Incentivo à Cultura e acompanhadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo. O Iphan fiscalizou e deu suporte às intervenções. Fruto do projeto proposto pela Mitra Diocesana de Petrópolis, a execução conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, por meio do BNDES Fundo Cultural, investiu R$ 13,1 milhões na Catedral Imperial.
Empresas e trabalhadores locais executaram a empreitada, de modo a incrementar a economia da cidade. Ao todo, 60 empregos diretos e mais de 100 indiretos foram gerados pela restauração.
O mausoléu onde se encontram os restos mortais da família imperial foi inteiramente restaurado. Além disso, n as cúpulas e agulhas neogóticas foi instalada uma passarela para contar a história da construção do templo e exibir documentos históricos da fundação da cidade. Esta nova área torna a torre acessível ao público: a 70 metros de altura, exibe de forma panorâmica uma das vistas mais impressionantes da cidade.
O restauro contemplou serviços de limpeza; recuperação das fachadas, cobertura e revestimentos interiores. De maneira paralela, foi realizado um amplo e desafiador trabalho de reforço das bases estruturais para impedir o avanço de deformações causadas pela chuva torrencial de 1988 . Arqueólogos acompanharam de perto este serviço. As melhorias resistiram à tempestade de fevereiro de 2022, o que indica a qualidade das intervenções realizadas.
Outra etapa que se destacou foi o deslocamento das telhas, que estavam fora do lugar. A equipe refez o cálculo e reposicionou as telhas, amarrando-as para que não se soltassem mais.
Petrópolis é um museu a céu aberto que atrai turistas de todo o mundo. Herdeiro das terras adquiridas pelo pai, Dom Pedro II fundou a cidade e promoveu a sua urbanização, transformando-a na sede da corte imperial nas temporadas de veraneio. Com extensas áreas protegidas a nível federal, Petrópolis reúne história, paisagismo e excelência arquitetônica, constituindo um dos principais marcos do Patrimônio Cultural Brasileiro.
A Catedral
A edificação estampa inúmeros cartões-postais de Petrópolis, cidade famosa pela pluralidade de atrações históricas, paisagísticas e arquitetônicas.
O atual edifício da igreja começou a ser construído em 1884. Inspirado nas antigas catedrais do norte da França, o engenheiro e arquiteto baiano Francisco Caminhoá delineou o projeto arquitetônico em estilo neogótico. Em 1925, foi inaugurada a matriz, após 37 anos de trabalhos. As obras da fachada só começaram em 1929 e a torre foi erguida entre 1960 e 1969. O templo ostenta um carrilhão de nove toneladas com cinco sinos de bronze fundidos na Alemanha.
A Catedral Imperial foi tombada pelo Iphan em 1980. O tombamento da igreja é uma extensão da proteção conferida, desde 1964, à Avenida Köeler , inscrita no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
Trata-se de uma das principais vias do plano urbanístico de Petrópolis. Com autoria do Major Júlio Frederico Köeler , conserva aspectos paisagísticos e urbanísticos originais. O leito do Rio Quitandinha margeia o eixo central da avenida, que se inicia na antiga Praça de São Pedro de Alcântara – onde se localiza a Catedral – e termina na Praça de Rui Barbosa.
Construído na segunda metade do século XIX e na passagem deste para o século XX, o acervo arquitetônico apresenta variedade de estilos . A lgumas edificações remetem ao neoclássico final, outras se filiam à fase romântica dos chalés e há ainda os exemplares ecléticos. O resultado é uma pluralidade de construções que cativa o olhar e convida para um passeio pela memória da cidade e do Brasil.
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Assessoria de Comunicação Iphan
Daniela Reis
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