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PATRIMÔNIO IMATERIAL
Carimbozeiros debatem estratégias para implantação do Plano de Salvaguarda
3º Congresso Estadual do Carimbó, em Belém (PA) (Foto: Divulgação).
Representantes de mais de 140 grupos carimbozeiros participaram do 3ª Congresso Estadual do Carimbó , nos dias 13 e 14 de novembro, em Belém (PA). Os participantes eram oriundos de mais de 30 municípios paraenses, onde foram realizados eventos preparatórios. Durante o evento, foram debatidas estratégias para a implantação do Plano de Salvaguarda do Carimbó , ferramenta que recomenda um conjunto de políticas públicas voltadas para a reprodução e sustentabilidade da manifestação, que é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2014.
O primeiro e o segundo congressos do Carimbó foram realizados em 2015 e 2017, respectivamente. O espaço é o maior fórum de decisão e representação articulado pela “Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro”, organização composta por mestres e mestras, grupos e comunidades carimbozeiras do estado do Pará. O encontro também foi promovido a partir da parceria com a Associação Cultural Uirapuru e o Comitê Gestor da Salvaguarda do Carimbó, com apoio da superintendência do Iphan no estado do Pará, que destinou R$ 100 mil para a realização do evento. Previsto para acontecer em 2020, o congresso foi adiado para 2021 devido à pandemia.
Plano de Salvaguarda
A salvaguarda de um bem cultural consiste num conjunto de medidas com o objetivo de valorizar, proteger e difundir o Patrimônio Cultural, garantindo meios de reprodução e sustentabilidade. Desde o registro do Carimbó como Patrimônio Cultural, comunidades e grupos realizam encontros municipais em municípios-polo das regiões do Salgado, Bragantina, Guamá, Marajó, Região Metropolitana de Belém, Sudeste e Oeste do Pará, em que foram apresentadas as demandas das comunidades carimbozeiras.
Como resultado, foi elaborado o Plano de Salvaguarda do Carimbó, que reúne estratégias para garantir a transmissão das formas tradicionais do bem às gerações futuras e valorização da comunidade carimbozeira, com previsão de execução de dez anos, de 2019 a 2029. O plano é uma espécie de guia para implantação de políticas de salvaguarda do Carimbó, mas sua execução depende do envolvimento do poder público e demais parceiros. O Comitê Gestor, por exemplo, também tem como função planear e articular, junto ao Iphan e outras instituições, as estratégias que garantam a efetivação do plano.
O documento prevê, por exemplo, o fomento à circulação de grupos, mestres e mestras em festivais, mostras e eventos regionais e nacionais, assim como o fortalecimento de redes de comunicação virtual que já existem e criação de novas. O plano sugere a proposição de legislações que insiram o carimbó na grade curricular da educação básica e, ainda, leis que garantam a reprodução de Carimbó na programação diária das rádios. As comunidades ainda demandaram a produção audiovisual sobre os grupos, mestres e mestras em suas localidades.Dentre outras ações, o Plano de Salvaguarda propõe a criação dos chamados Centros de Referência do Carimbó. Os centros são públicos e de uso coletivo, e reunirão acervo sobre o Carimbó, estúdio de gravação, museu, escritório administrativo, espaço para ensaio, apresentação, reunião, oficina e comercialização de produtos associados à manifestação. Nas diretrizes ainda consta recomendação para o reconhecimento do saber popular de mestres e mestras de Carimbó por meio da concessão de títulos como os de Notório Saber e Honoris Causa por universidades, câmaras municipais e assembleia estadual.
Para acessar o Plano de Salvaguarda do Carimbó na íntegra,
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Para conhecer a composição do Comitê Gestor da Salvaguarda do Carimbó,
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