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SALVAGUARDA
Baianas de acarajé participam de reunião preparatória para seminário no Ceará
A reunião é voltada para as detentoras do Ofício das Baianas de Acarajé no estado do Ceará. (Foto: Acervo Iphan)
A convite do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Ceará, as detentoras do Ofício das Baianas de Acarajé do estado se reúnem, na próxima terça-feira (09), a partir das 9h, para planejarem conjuntamente as ações para o seminário de salvaguarda do bem.
Realizada por meio de plataforma virtual, a reunião é voltada para todas as detentoras do Ofício das Baianas de Acarajé no estado do Ceará. Para participar, as interessadas devem enviar e-mail para patrimonio.imaterial.ce@iphan.gov.br até o dia 08 de novembro. O link da reunião será encaminhado para o endereço eletrônico das inscritas.
Durante a reunião, serão definidas a data, as pautas de debate e a estrutura do “1º Seminário Tabuleiros no Ceará: a salvaguarda do Ofício das Baianas de Acarajé”. O seminário será aberto ao público e dará início à construção do Plano de Salvaguarda do bem cultural no estado do Ceará.
“O Ofício das Baianas de Acarajé é um patrimônio imaterial que carrega a memória de mulheres independentes que, por meio da comercialização do acarajé em seus tabuleiros, tornaram-se parte da construção histórica da abolição da escravidão no Brasil”, acrescentou o superintendente do Iphan no Ceará, Cândido Henrique Aguiar Bezerra.
Ofício das Baianas de Acarajé
O bem é registrado como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2005, inscrito no Livro de Registro dos Saberes. É um saber tradicional que envolve a produção e venda de alimentos conhecidos como “comidas de baiana”. Dentre estes, se destaca o acarajé, bolinho feito com feijão fradinho moído no pilão de pedra, temperado e frito no azeite de dendê. A receita foi trazida ao Brasil no período da escravidão.
O saber também está intimamente ligado ao culto dos orixás, amplamente difundido na cidade de Salvador (BA). As roupas e adereços típicos das baianas de acarajé são característicos dos ritos de candomblé. A indumentária é geralmente composta por turbantes, panos e colares de contas, que simbolizam a intenção religiosa das baianas.
A atividade é praticada, em sua maior parte, por mulheres. O comércio de acarajé e “comidas de baiana” é realizado nas ruas, praças, feiras, assim como nas festas e celebrações religiosas. O Ofício das Baianas de Acarajé faz parte da identidade cultural da Bahia, e também está presente em outros estados brasileiros, como o Ceará.
Serviço
Reunião de planejamento do 1º Seminário Tabuleiros no Ceará: a salvaguarda do Ofício das Baianas de Acarajé
Data: 09 de novembro
Horário: 9h
Inscrições: patrimonio.imaterial.ce@iphan.gov.br
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
Letícia Maciel - leticia.vale@iphan.gov.br
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