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Baianas de Acarajé debatem sobre salvaguarda do ofício no Ceará
O Ofício das Baianas de Acarajé é registrado como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2005. (Foto: Francisco da Costa)
Nos dias 19 e 20 de abril, detentoras do Ofício de Baiana de Acarajé do Ceará se reúnem em seminário realizado pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan). Na ocasião, serão debatidos assuntos relacionados à patrimonialização e à salvaguarda do bem cultural no estado.
Com o tema “I Seminário Tabuleiros no Ceará: a salvaguarda do Ofício das Baianas de Acarajé”, o evento será presencial, na sede da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco (EGSIDB), em Fortaleza (CE). A programação tem início às 9h.
O seminário
O evento é voltado para as detentoras do ofício, assim como vendedores de acarajé, pesquisadores, gestores culturais e demais interessados. As inscrições podem ser feitas por meio de formulário online. Serão realizadas oficinas de gastronomia e mostras de comidas tradicionais. Também haverá momentos de discussão sobre o registro de bens como Patrimônio Cultural, assim como as potencialidades e desafios da salvaguarda do Ofício das Baianas de Acarajé no estado.
O seminário promove o intercâmbio entre as baianas de acarajé, com o compartilhamento de saberes e vivências entre elas. Desse modo, serão identificadas iniciativas de valorização e promoção do bem cultural. É uma forma de mobilizar as detentoras e parceiros na construção do Plano de Salvaguarda do Ofício das Baianas de Acarajé no estado do Ceará.
“A ocasião é fundamental para compreendermos as necessidades das detentoras acerca da proteção e da valorização do Ofício das Baianas de Acarajé no Ceará”, explica o antropólogo do Iphan-CE, Vinicius Frota, um dos organizadores do evento. “Também teremos debates sobre o registro e salvaguarda do ofício na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Assim poderemos conhecer mais sobre o processo em outros lugares, coletando referências para as baianas de acarajé cearenses”, acrescenta.
O evento conta com a parceria de instituições como a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos e Similares (Abam-CE), Serviço Social do Comércio (Sesc), Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza, Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco e da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará.
O Ofício das Baianas de Acarajé
O bem é registrado como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2005, no Livro dos Saberes. É um saber tradicional que envolve a produção e venda de alimentos conhecidos como “comidas de baiana”. Dentre estes, se destaca o acarajé, bolinho feito com feijão fradinho moído no pilão de pedra, temperado e frito no azeite de dendê. A receita foi trazida ao Brasil no período da escravidão.
O saber também está intimamente ligado ao culto dos orixás, amplamente difundido na cidade de Salvador (BA). As roupas e adereços típicos das baianas de acarajé são característicos dos ritos de candomblé. A indumentária é geralmente composta por turbantes, panos e colares de contas, que simbolizam a intenção religiosa das baianas.
A atividade é praticada, em sua maior parte, por mulheres. O comércio de acarajé e “comidas de baiana” é realizado nas ruas, praças, feiras, assim como nas festas e celebrações religiosas. O Ofício das Baianas de Acarajé faz parte da identidade cultural da Bahia, e também está presente nos demais estados do Nordeste, como o Ceará, por exemplo.
Serviço
I Seminário Tabuleiros no Ceará: a salvaguarda do Ofício das Baianas de Acarajé
Data: 19 e 20 de abril
Horário: a partir das 9h
Local: Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco (EGSIDB)
Endereço: Rua Manuel Dias Branco, Nº 80, Cais do Porto, Fortaleza (CE)
Formulário de inscrição
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
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Letícia Maciel - leticia.vale@iphan.gov.br
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