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Armazém Macedo, em Antonina (PR), é entregue restaurado
O Armazém Macedo servia para o escoamento da produção de erva-mate na segunda metade do século XIX. (Foto: Vitor Maciel/MTur)
Construído na segunda metade do século XIX, com características ecléticas, mas ainda com algumas soluções construtivas típicas da arquitetura luso-brasileira, o Armazém Macedo servia para o escoamento da produção de erva-mate. O local passou por restauração e, nesta sexta-feira (18), foi entregue à população de Antonina (PR).
O Armazém Macedo recebeu investimentos de aproximadamente R$ 7,2 milhões do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo.
A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, estava presente no evento de inauguração do espaço e falou sobre a importância do Armazém Macedo. Larissa ressaltou que o encontro entre o novo e o antigo é um desafio para o Instituto e lembrou que a responsabilidade de preservar o patrimônio é de todos e que o Iphan estará sempre atento às necessidades da população paranaense.
O armazém fica entre a antiga Rua da Praia (atual Rua Marquês do Herval) e a Baía de Antonina, numa posição privilegiada na cidade. Mesmo em condição de ruínas, era um dos pontos mais visitados do setor histórico.
Com o objetivo de abrigar exposições, performances e eventos culturais, foi projetado um cubo de vidro sobre os arcos do armazém. A transparência do vidro possibilita uma visão panorâmica da paisagem e propõe um diálogo entre o novo e o antigo, entre a ruína e seus possíveis usos futuros.
Já na parte superior da estrutura, foi proposta a criação de uma praça suspensa, que se constitui como uma área de lazer, além de um mirante para a paisagem da Baía de Antonina e para a Serra do Mar.
O projeto revela preocupação com a acessibilidade e também promove a integração dos espaços por meio de escadas e elevadores. A comunicação entre as construções é feita por passarelas e decks.
As ruínas do armazém não ficaram de fora da restauração. Elas não perderam seu caráter evocativo. Foram feitas ações de recuperação das fundações, recomposição de partes perdidas, construção de uma estrutura em concreto para o reforço das paredes e recuperação do reboco
A grande novidade é na área externa que, para fortalecer a relação dos visitantes com o mar, foram projetados decks de madeira e um novo trapiche. Essas áreas poderão ser utilizadas como espaços de convivência, contemplação da paisagem, e extensão dos demais serviços oferecidos aos visitantes.
Totalmente revitalizado, o edifício poderá acolher uma programação cultural diversificada, com propostas transversais e de múltiplos segmentos: artístico, científico, ambiental, entre outros.
Paisagem sem horizonte
Durante o evento de inauguração, os presentes puderam desfrutar de uma exposição de arte. Denominada de “Paisagem sem horizonte” a mostra cultural tem um conteúdo expressivo marcante na produção de Zilda Felisbino. A artista antoninense representa emaranhados detalhados de galhos, troncos, bromélias e folhas que retém toda a atenção e impedem que o olho chegue ao horizonte de fato.
Com a curadoria de João Paulo de Carvalho, a exposição trouxe grandes formatos, cores vivas, composições arejadas, com grandes campos de cor e execução despreocupada e, principalmente, o olhar muda o foco para longe e, não apenas por convenção, reencontra o horizonte.
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