Ações de salvaguarda são tema do Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel

Ações de salvaguarda foram tema da mesa de abertura do I Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel, da qual participou o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, nesta segunda-feira (20), no Rio de Janeiro (RJ). Até o dia 23, o evento promoverá debates e proposições de políticas públicas para o reconhecimento e o fortalecimento do cordel como expressão literária brasileira. Reunindo poetas, cantadores e estudiosos, o congresso é uma realização da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) em parceria com o Ministério da Cultura (MinC). 

“Viva o Cordel! Queria agradecer cordelistas, cantadores e cantadoras, mestres da cultura popular aqui presentes por esse importante evento, esse importante momento que nos conecta”, saudou o presidente do Iphan, Leandro Grass, durante a abertura do evento. “Que esse evento possa ser fomentador de dias melhores. Que a cultura possa ser um elemento engajador, que o Cordel possa levar a mensagem da convivência, que seja assim todos os dias”, completou ele.

A programação inclui palestras sobre a relação entre o cordel e a educação, a presença de mulheres na Literatura de Cordel, xilogravura – técnica artística usada nas ilustrações de livretos – e o papel da manifestação na história do Brasil. Durante o evento, ainda será realizada uma aula-espetáculo dos artistas Chico de Assis e João Santana, além de uma apresentação artística do forrozeiro Marcus Lucenna e uma conferência com o escritor Bráulio Tavares. Os participantes também vão poder visitar uma exposição com o acervo de cordel da Casa de Rui Barbosa, considerado o maior importante do mundo.  

Nesta quarta-feira, 22, também será promovido debate sobre a preservação e difusão da Literatura de Cordel, da qual participam o diretor do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), Rafael Gomes, e do coordenador de apoio à promoção e à sustentabilidade, Rafael Klein, ambos do Iphan. O espaço ainda contará com as presenças do presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), Almir Gusmão, e da pesquisadora Mariana Ananias, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP). 

“O Iphan está comprometido com a elaboração do plano de salvaguarda da Literatura de Cordel. São cordelistas, parceiros e técnicos do Iphan de onze estados, mais o Distrito Federal, envolvidos na construção coletiva e colaborativa do plano, que terá abrangência nacional, ou seja, será um documento de referência para o Cordel em todo o Brasil”, avaliou Klein, durante a abertura do evento. “Nossa expectativa é dar sequência a este processo de elaboração e efetivar a sua publicação em 2024”, completou ele.

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