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PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO
Achados arqueológicos do Palácio de Cristal são exibidos ao público em Petrópolis (RJ)
Louças, ferraduras e fragmento de cachimbo estão entre materiais encontrados. Crédito: Prefeitura de Petrópolis
Mais de dois mil objetos desenterrados do jardim do Palácio de Cristal, em Petrópolis (RJ), estão expostos ao público na entrada do monumento, situado no Centro Histórico da cidade. Quem passa pela Rua Alfredo Pachá visualiza parte do acervo, disponibilizado com um cartaz que explica o trabalho em andamento e dá a dimensão do valor das peças para a história do país.
O monitoramento arqueológico foi requerido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo. 260 metros de trincheiras foram escavadas no jardim do palácio, de onde já foram retiradas louças finas, ferraduras antigas, fragmento de cachimbo de porcelana e garrafas de bebidas importadas da Europa no século XIX.
O material arqueológico data do século XIX. Alguns artefatos parecem remontar ao século XVIII, o que será averiguado em análise laboratorial. Além das peças históricas, as escavações vão ajudar a recuperar a história dos aterros que foram feitos em diversas fases no local. A previsão é de que o trabalho iniciado no fim de maio seja concluído em cinco meses.
O trabalho de arqueologia faz parte das obras de restauração do Palácio de Cristal. Iniciadas em outubro de 2019, foram parcialmente paralisadas em fevereiro de 2020 por determinação do Iphan, que solicitou monitoramento e resgate arqueológicos. A reforma dos banheiros já foi concluída. Ainda será iniciada a reforma das instalações elétrica e finalizado o novo piso na entrada do Palácio. –
A história do Palácio de Cristal
Encomendado pelo Conde D’Eu, o Palácio de Cristal foi construído na França. Sua finalidade era servir como pavilhão para as exposições de flores e produtos agrícolas que a Sociedade Agrícola de Petrópolis promovia desde 1875. Em 1879, a pedra fundamental do monumento foi lançada. A inauguração veio em 1884, festejada com um grandioso baile que contou com a presença da corte imperial brasileira.
Formado por uma estrutura metálica e placas de vidro, o Palácio foi construído na mesma época em que edificaram a Torre Eiffel: ambos monumentos exemplificam como a Revolução Industrial influenciou os estilos arquitetônicos. O jardim, projetado por Auguste Glaziou, foi concebido para que sua simetria pudesse ser percebida de qualquer ângulo em que fosse visto.
Atualmente é administrado pela Prefeitura de Petrópolis, sendo utilizado para diversas exposições. O palácio foi tombado em 1967, junto com o acervo arquitetônico e paisagístico da Praça da Confluência ou de Koblenz, com a inscrição em dois livros do tombo do Iphan: o das Belas Artes e o Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
Com informações da Prefeitura de Petrópolis
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