Notícias
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Ação em escolas públicas do DF promove diálogo sobre a valorização do Patrimônio Cultural
Fotos: Mariana Alvarenga/Iphan
A troca de conhecimento entre acadêmicos e a sociedade incentiva o pensamento crítico e o sentimento de que o patrimônio é responsabilidade de todos. Com esse foco, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e com a Secretaria de Educação do Distrito Federal, promoveu uma série de atividades de educação patrimonial com estudantes de escolas públicas do Distrito Federal, inspiradas no trabalho de reconstrução das obras de arte danificadas nos ataques de 8 de janeiro de 2023 aos palácios dos Três Poderes. A última dessas atividades ocorreu na sexta-feira (27/09), com alunos do 8º ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 18, em Ceilândia (DF).
As atividades iniciaram no dia 20 de agosto, em três escolas do Distrito Federal - além do CEF 18, também foram contemplados o Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois, em Planaltina, e o Centro de Ensino Fundamental Caseb, na Asa Sul. No total, cerca de 500 alunos participaram de cinco encontros cada um, nos quais ocorreram diálogos sobre patrimônio e sobre a destruição e restauração das obras de arte, além de uma oficina de atividade lúdica “Brincando de ser restaurador do patrimônio brasileiro”. Os encontros foram ministrados por professores e estudantes da UFPel, além de estudantes da Universidade de Brasília.
“A gente só cuida e protege aquilo que a gente conhece. Viemos fazer um trabalho educativo, falar do processo de restauração das obras danificadas no 8 de janeiro e enfatizar que o patrimônio é de todos”, enfatizou a professora da UFPel Liza Brilhalva Martins, coordenadora do projeto.
No encontro realizado na última sexta-feira, os alunos colocaram a mão na massa e montaram um quebra-cabeça baseado em uma obra de Di Cavalcanti e restauraram pequenas ânforas feitas exclusivamente para a atividade.
A aluna Natália Diniz descreveu o aprendizado proporcionado pela atividade: “As artes são nosso patrimônio, e as pessoas destruíram patrimônio que é delas mesmas”, frisou. “As aulas mudaram muito minha visão, porque entendi que as artes contam sobre coisas do passado e pessoas importantes. Foi algo que me impressionou bastante.”.
Presente na oficina, o presidente do Iphan, Leandro Grass, conversou com alunos e professores envolvidos. “Esse projeto tem a importância de fazer os estudantes entenderem esse período da história do Brasil e, pensando no futuro, que eles se comprometam e tenham respeito e admiração pelo país, pela democracia e pelos bens que representam a nossa cultura”, ressaltou Grass.
Reconstrução
Toda essa ação de Educação Patrimonial ocorreu no contexto da reconstrução das obras de arte danificadas nos ataques antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023, desenvolvido a partir de um Termo de Execução Descentralizada (TED) entre o Iphan e a UFPel, no valor aproximado de R$ 2,2 milhões, em parceria com a Presidência da República. O acordo viabiliza a recuperação de 20 obras de arte em um laboratório montado no Palácio da Alvorada. Até o momento, já foram concluídas 15 delas, e as outras cinco têm previsão de conclusão até outubro. O trabalho de catalogação e documentação segue até dezembro, quando o projeto deve ser concluído.
Além disso, na sala de exposições da sede do Iphan, em Brasília, o público pode acompanhar a mostra “8 de janeiro: restauração e democracia”, que apresenta registros dos processos de restauração das obras de arte vandalizadas. Está aberta para visitação até o dia 25 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan
Mariana Alvarenga - mariana.alvarenga@iphan.gov.br
comunicacao@iphan.gov.br
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGov |
www.twitter.com/IphanGovBr
www.youtube.com/IphanGovBr