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ARQUEOLOGIA
Ação educativa reúne cerca de 200 pessoas no sítio Ponta das Lajes, em Manaus (AM)
Voluntários retiraram resíduos sólidos no sítio de Ponta das Lajes (Foto: Guilherme Silva/Acervo Iphan)
Cerca de 200 voluntários, entre pesquisadores e população em geral, participaram de uma ação educativa no sítio Ponta das Lajes, em Manaus (AM), realizada a partir da parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto Soka, organização que atua na conservação da Reserva de Preservação Permanente Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda. Durante o evento, os participantes realizaram a retirada de lixo do local e receberam orientações sobre como visitar sítios arqueológicos sem depredar ou causar qualquer tipo de prejuízo ao Patrimônio Arqueológico.
Composto por petróglifos com incisões e oficinas de amoladores, o sítio arqueológico Ponta das Lajes está localizado às margens do rio Negro, com datação entre mil e dois mil anos atrás. Trata-se de uma área de aproximadamente 150.000 m², que comporta uma praia coberta de lajes de pedra. Em 2023, o sítio aflorou pela segunda vez, resultado da seca histórica que assola a região amazônica; a primeira vez havia sido em 2010, também durante a estiagem daquele ano. Com as notícias sobre o sítio, circularam vídeos de pessoas depredando objetos arqueológicos e se apropriando indevidamente desses artefatos.
"Foi emocionante ver uma quantidade tão diversa de pessoas e representações de órgãos públicos se unir em prol do patrimônio e efetivamente colocar em prática o bem para preservação daquele sítio arqueológico”, avaliou a superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Evanovick. “Coletar aqueles resíduos sólidos foi um momento de reflexão, cuidado e de fazer alguma coisa efetiva acontecer, sem ficar esperando. Mas sim juntos, unindo esforços, para entrelaçar educação ambiental e educação patrimonial”, avaliou ela. A ação contou com a presença da Polícia Federal e da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social, que fará rondas na região.
Mobilização e sensibilizaçãoA ação consistiu em mobilização social e sensibilização para a preservação do sítio arqueológico. Reunindo a comunidade do entorno mais próximo ao sítio, os participantes realizaram a coleta de resíduos sólidos, como garrafas PET e sacolas, que haviam sido carreados pelo rio. Durante a atividade, técnicos do Iphan e de outros órgãos orientaram a população sobre como visitar os sítios e se apropriar do conhecimento sobre esses locais, sem causar qualquer dano. A população é autorizada a fazer registros fotográficos, mas não a fazer intervenções ou coleta de objetos.
“Em situações de descoberta de material arqueológico fortuitamente, recomendamos que a pessoa comunique, primeiramente, ao Iphan. No caso do Amazonas, recomendamos informar a superintendência por e-mail ou por telefone”, recomendou o arqueólogo Jaime Oliveira. “Orientamos que as pessoas não coletem materiais no local do sítio, bem como não realizem escavações, limpeza de superfície, dentre outras atividades que impliquem em intervenção no local. Para essas situações, basta fazer um registro fotográfico e anotar a localização, se possível, com a coordenada geográfica e o meio de acesso.”
Superintendência do Iphan no Amazonas
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