Edição 2009
Nesta segunda edição, o Iphan, por meio do Paço Imperial, recebeu 290 projetos de 25 unidades da federação. Apenas o Rio Grande do Norte e o Acre não tiveram representantes. Após análise, a comissão julgadora escolheu 12 propostas que priorizavam a inter-relação entre as artes visuais contemporâneas e os patrimônios brasileiros escolhidos. Os projetos premiados foram do Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.
Lençóis Esquecidos no Rio Vermelho, de Selma Parreira
O projeto revisitou uma forte tradição das vilas e cidades do passado, propondo um diálogo contemporâneo entre a população e a história colonial, encantando e instigando o olhar e ativando a memória afetiva. O trabalho contou com uma intervenção urbana, realizada na cidade de Goiás, em 2009, e uma exposição de fotografias e lançamento de vídeo em janeiro e fevereiro de 2010.
Pedregulho - Residência Artística
O projeto consistiu na realização de quatro residências artísticas com promoção de atividades junto à comunidade do Conjunto Habitacional Prefeito Mendes de Moraes (mais conhecido como Pedregulho), projeto arquitetônico modernista de Affonso Eduado Reidy. A ação foi acompanhada por uma equipe de arquitetos, urbanistas, historiadores, pesquisadores e críticos de arte, promovendo uma interação entre criadores e comunidade.
Via Sacra Contemporânea, de Adir Sodré, Benedito Nunes, Gervane de Paula, Jonas Barros e Regina Pena
O projeto promoveu uma releitura da temática religiosa e se insere num espaço alternativo do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso, criando não apenas um trabalho de diálogo entre o contemporâneo e histórico, mas também um novo canal de comunicação com o público.
entreExtremos - Projeto Árvore em Residência Parque Nacional Serra da Capivara
O projeto realizou uma residência no parque e propôs uma interação contemporânea, materializada na pintura corporal, com as populações locais.
Arte e espiritualidade, de Marco Giannotti, José Spaniol e Carlos Eduardo Uchôa
Em um dos vértices do triângulo formado pelas ruas que fundaram a vila de São Paulo, localiza-se o Mosteiro de São Bento que, pela primeira vez, recebeu uma exposição contemporânea, na qual três artistas lidaram com a espiritualidade: um diálogo entre o imaterial e o mundo real, traduzidos em diversos suportes artísticos. A exposição foi realizada entre janeiro e fevereiro de 2010.
Futuro do Pretérito, de Rubens Mano
O projeto consistiu em mostrar as transformações ocorridas no espaço urbano de Brasília, registrando e refletindo sobre as intervenções no Patrimônio Mundial Moderno. A ação fotográfica resultou num conjunto de aproximadamente 50 fotografias, apresentadas em exposição no Museu Nacional de Brasília, entre janeiro e março de 2010.
[Re] Invenção de uma cidade, de José Rufino
O projeto teve como propósito investigar, evidenciar e intensificar o diálogo entre cidade, arte e sujeito. O trabalho foi feito a partir de uma residência do artista José Rufino na cidade histórica de Viana, após uma grande enchente, carregada de emoção e sensibilidade.
Caminho Das Águas, de Piatan Lube
O artista realizou uma residência urbana, resgatando a “linha d’água” das cidades de Vitória e Florianópolis numa ação que exigiu pesquisa histórica, articulação institucional, envolvimento da sociedade civil e muita criatividade, criando de fato uma interação entre a memória e a arte.
Um “Livro de Artista", de Rosângela Rennó
O projeto é o resultado de uma visão crítica da artista sobre a necessidade da conservação e preservação de documentos históricos e de sua segurança. A publicação foi lançada em fevereiro de 2010.
Bordas do Patrimônio, de João Maria Gusmão e Pedro Paiva
O projeto consistiu num programa de residência artística desenvolvido na cidade histórica de Ouro Preto, Minas Gerais, pela dupla de artistas portugueses que desenvolveram pesquisas com a linguagem cinematográfica no campo das artes visuais. Imersos no cotidiano da cidade, eles interagiram com a população e com personagens da cidade patrimônio.