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Aversão ao risco e seu impacto no investidor.
Aversão ao risco é um conceito em psicologia, economia e finanças, baseado no comportamento humano quando exposto a incertezas. Esse viés cognitivo representa o medo dos investidores diante da possibilidade de perda, e faz com que muitos renunciem boas oportunidades de rentabilidade, justamente por temerem o risco de perder parte do seu capital e assim, sofrerem prejuízos financeiros.
Cabe salientar que todo investimento oferece uma porcentagem de risco e ninguém investe com o objetivo de perder, logo, todo investidor apresenta um certo nível de aversão ao risco. Como consequência, grande parte desses investidores preferem alternativas seguras e com alta liquidez, que é o caso das rendas fixas. Esses investidores abrem mão da oportunidade de rentabilizar o patrimônio e de alcançar de forma mais rápida o seu objetivo, isso porque, para eles, é mais vantajoso ter pouca rentabilidade, mas sem correr o risco de perder capital.
Há um grau de incerteza em qualquer investimento e a questão é decidir quais são os riscos que mais valem a pena. Por exemplo, muitos investidores optam por ações e fundos imobiliários, pois oferecem uma boa rentabilidade e riscos mais controlados.
O nível de aversão ao risco é variável de acordo com o perfil de cada investidor. Algumas pessoas são mais tolerantes e propensas ao risco. O perfil dos investidores é caracterizado como:
- Conservador: Investidor com maior aversão ao risco, priorizando liquidez e segurança na hora de investir;
- Moderado: Investidor que aceita arriscar uma parcela do capital em busca de melhores oportunidades de rentabilidade;
- Arrojado ou Agressivo: Investidor com maior tolerância ao risco e que deseja melhores oportunidades de rentabilidade, especialmente a longo prazo.
Com o passar do tempo, a tendência é que estes investidores passem a conhecer melhor o mercado financeiro, e com essa clareza, surge o interesse em aplicar parte do seu capital em outras opções, além do ganho de confiança a ponto de evoluir de um perfil conservador para o perfil arrojado (com maior tolerância ao risco e que deseja melhores oportunidades de rentabilidade, especialmente a longo prazo)
Uma forma de ajudar a reduzir essa aversão aos riscos é estabelecendo prazos possíveis para alcançar seus objetivos. Afinal, investir com foco a longo prazo é diferente de juntar dinheiro para uma viagem de férias.
No entanto, na hora de escolher em como investir, deve-se avaliar quais investimentos tem as características mais parecidas com as suas necessidades.
Como vimos neste artigo, é possível trabalhar a aversão e obter melhor rentabilidade em aplicações com um menor grau de incerteza. Observamos também que os vieses comportamentais e cognitivos, podem afetar de forma significativa nas tomadas de decisões.
E você, leitor? Em qual perfil de investidor você mais se enquadra? Conte para a gente.
Referências
MORIN, Roger‐A.; SUAREZ, A. Fernandez. Risk aversion revisited. The journal of finance, v. 38, n. 4, p. 1201-1216, 1983.
KAHNEMAN, D.; TVERSKY, A. Choices, values and frames. American Psychologist, v. 39, n. 4, p. 341-50, 1984.
KIMBALL, Miles S. Standard risk aversion. Econometrica: Journal of the Econometric Society, p. 589-611, 1993.