Mercado de Opções
No mercado de opções, negocia-se o direito de comprar ou de vender um bem por um preço fixo numa data futura. Quem adquire o direito de comprar ou vender deve pagar um prêmio ao vendedor. Este prêmio não é o preço do bem, mas apenas um valor pago para ter a opção (a possibilidade) de comprar ou vender o referido bem em uma data futura por um preço previamente acordado.
O objeto de negociação pode ser um ativo financeiro ou uma mercadoria, negociados em pregão, com ampla transparência. O comprador da opção, também chamado titular, sempre terá o direito do exercício, mas não a obrigação de exercê-lo. O vendedor da opção, também chamado lançador, terá a obrigação de atender ao exercício caso o titular opte por exercer seu direito.
Preço de exercício: É o preço que o titular paga (ou recebe) pelo bem em caso de exercício da opção.
Prêmio: É o valor pago pelo titular (e recebido pelo lançador) para adquirir o direito de comprar ou vender o ativo pelo preço de exercício em data futura.
Assim como no mercado futuro, é possível uma contraparte transferir a um terceiro o seu compromisso, desde que execute a operação inversa àquela que originou a posição inicial; quem comprou, vende a mesma opção; ou quem vendeu originalmente, compra uma opção para a mesma série e vencimento, o que dispensa a necessidade das contrapartes originais permanecerem atreladas até a data de vencimento da obrigação.
É importante destacar que, no mercado de opções, o titular pode perder no máximo o prêmio pago, enquanto para o lançador de uma opção os riscos são ilimitados. Veja na tabela abaixo um resumo das características do mercado de opções.
Comprador (Titular) | Vendedor (Lançador) | |
Opção de compra (Call) |
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Opção de venda (Put) |
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Exemplo de hedge no mercado de opções:
O mesmo produtor de café do exemplo de mercado a termo, que ainda não colheu sua safra estimada em 1.000 sacas, teme que quando for vendê-la no mercado, dentro de 60 dias, os preços caiam muito e deseja proteger-se desse risco.
Para assegurar um preço de venda capaz de garantir sua margem de lucro, decide comprar opções de venda de café ao preço de exercício de 200 dólares por saca, negociadas na Bolsa para um vencimento compatível (em torno de 60 dias), ao prêmio de 7 dólares por saca, desembolsando de imediato 7.000 dólares para adquirir tal direito de venda (1.000 sacas ao prêmio de 200 dólares cada).
Suponhamos que, no vencimento da opção, o preço à vista esteja em 190 dólares. O produtor exercerá seu direito de vender a 200 dólares a saca, auferindo resultado de 193.000 dólares, correspondente aos 200.000 dólares dos quais deduzirá os 7.000 dólares pagos a título de prêmio.
Se, ao contrário, o preço de mercado tiver se elevado a 210 dólares por saca, não haverá interesse do titular da opção em exercer seu direito de vendê-la a 200 dólares, preferindo perder os 7.000 dólares pagos como prêmio, porém mantendo a possibilidade de vender sua produção pelos 210 dólares que atualmente estão sendo pagos por saca no mercado a vista, obtendo como resultado líquido 203.000 dólares.
O importante para o produtor foi ter fixado um preço mínimo considerado aceitável de antemão, sem renunciar à oportunidade de lucrar acima desse mínimo, caso o mercado viesse a evoluir a seu favor.
Atenção: a título de simplificação esse exemplo não considera os custos de transação envolvidos.