Artefato ajuda pessoas de muletas a se levantarem
Área de Design Industrial do INT deposita pedido de patente de um gancho que dá a firmeza que muitas pessoas precisam para ficarem de pé sozinhas
Simples e bastante difundidas, as bengalas e muletas ajudam pessoas com dificuldades motoras moderadas a andarem, garantindo seu equilíbrio e dividindo o peso das pernas com os braços. Esse apoio também amplia a capacidade de marcha desses usuários e os mantém ativos, contribuindo para sua saúde geral. O benefício destes equipamentos, no entanto, esbarra com a dificuldade que muitas pessoas têm de levantar sozinhas, somente com o apoio deles. Embora consigam caminhar de maneira independente e segura com as muletas, esses indivíduos perdem o equilíbrio ou não têm força para se levantarem de uma cadeira ou sofá sem a ajuda de terceiros, o que os faz perder autonomia.
Para superar essa barreira, pesquisadores da Divisão de Design industrial (DIVDI) desenvolveram um acessório em forma de gancho, que, fixado às bengalas ou muletas, alça os pés dos móveis próximos – como cadeiras, sofás e mesas – criando um ponto de apoio estável, que dá a firmeza necessária para os braços elevarem o corpo até ficar de pé.
– Como foram projetadas para auxiliar a marcha, as bengalas e muletas são equipamentos leves e de base estreita, que não oferecem um apoio seguro para o usuário se erguer, quando sentado. No momento de mudar de posição, quando o centro de gravidade da pessoa está muito deslocado para trás, as bengalas e muletas não oferecem base sólida, e ela tende a cair sentada de volta – explica Júlio C. Augusto da Silva, coordenador do Laboratório de Tecnologia Assistiva e Inclusão (LATAI) do INT, que assina o projeto junto com o pesquisador colaborador Diego Costa e o estagiário Guilherme Vasconcelos. Intitulado “Artefato acessório de bengalas e muletas para auxílio na transferência da posição sentada para de pé”, o projeto teve seu pedido de patente (BR 10 2021 004491 8) depositado em 10 de março de 2021.
Capa de próteses tem desenhos industriais registrados e patente depositada
Premiada no Brasil Design Award 2020 (saiba mais na INOVATIVA nº 31), a capa para próteses de perna Clipa teve registrado, em 27 abril deste ano, três desenhos industriais: um com o título “Configuração aplicada em artigos protéticos” (BR 30 2021 001816-0) e dois com o título “Padrão ornamental aplicado em artigos protéticos” (BR 30 2021 001814-4 e BR 30 2021 001815-2). Além desse registro, efetuado pelos inventores Júlio Silva, Diego Costa e Guilherme Vasconcelos, o projeto do INT havia tido depósito de patente em julho do ano passado, com o título de “Capa para Prótese de Membros Inferiores e Superiores de formato Arredondado e Alto Relevo”, (BR 10 2020 013610-0), agregando então na equipe também o tecnologista Marcos Garamvölgyi, a pesquisadora colaboradora Liliane Ribeiro e a estagiária Shirley Santos.