Unidade INT desenvolve método para encapsular células-tronco animais
Grupo empresarial com forte atuação em biotecnologia voltada à inovação em produtos veterinários, a contatou a Unidade Embrapii INT para complementar o desenvolvimento de uma importante linha de cosmecêuticos baseada em células-tronco animais. O projeto contratado visa desenvolver uma nova metodologia de encapsulamento dos elementos produtivos dessas células, a fim de aumentar seu tempo de vida fora do ambiente de laboratório.
“Como somos primariamente um laboratório de pesquisas e desenvolvimento em biotecnologia, o contato com os principais atores do setor de fomento tem sido prática vigente no grupo, sendo incontestável a relevância e importância da Embrapii/INT na área. Outro ponto a favor da Unidade Embrapii INT é sua larga experiência em ensaios e manipulação de polímeros, elemento vital do nosso projeto” – relata Fernando Faria, membro do Comitê de Assessoramento do grupo MedMep.
“Este projeto é um embrião de uma série de iniciativas que pretendemos desenvolver com a EMBRAPII/INT, certos de que a parceria transformará o mercado de biotecnologia veterinária no Brasil” – revela o assessor do grupo MedMep.
O projeto foi viabilizado por meio da parceria entre a Embrapii e o Sebrae, que tem contribuído para impulsionar a inovação junto às microempresas, empresas de pequeno porte, microempreendedores individuais e empresas nascentes (startups).
No INT, o trabalho será desenvolvido a partir do Laboratório de Tecnologia de Pós (Latep) com apoio do Centro de Caracterização em Nanotecnologia para Materiais e Catálise (CENANO) em boa parte das experimentações. O desenvolvimento será baseado em tecnologias consolidadas de nanoencapsulação de moléculas ativas.
“O projeto consiste em otimizar a nano ou microencapsulação, de forma a atender os requisitos de segurança e eficácia do produto” – avalia o pesquisador Fabio Dantas, que lidera o projeto pelo INT. As etapas previstas no projeto envolvem a prospecção aprofundada da tecnologia da informação (já concluída), a caracterização das matérias-primas e estudos de encapsulação (em andamento), estudos de formulação e ensaios clínicos.
“A conclusão do trabalho está prevista para o final de 2022. O INT entregará um produto acabado e pronto para registro. A etapa de colocação no mercado caberá à empresa” –adianta o pesquisador.
“As expectativas da MedMep são as melhores possíveis, pois, a Unidade Embrapii INT desenvolve seus trabalhos com os olhos no mercado, tornando em produto muitas das pesquisas que precisam de experiência e recursos técnicos para se tornarem realidade” – complementa Fernando Faria.
Segundo o representante da empresa, desde o seu surgimento, a MedMep busca, por meio de pesquisas aplicadas, levar para o mundo veterinário novas técnicas e soluções para a melhoria da qualidade de vida de seus pacientes. Nos últimos anos, o grupo tem investido pesadamente em inovação, aliando-se a parceiros estratégicos como a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Faria pondera que, por definição, a inovação exige muito investimento, tanto financeiro como de competências, mas, sempre constitui um divisor de águas para permitir que mais empresas se aventurem no desenvolvimento de novos produtos ou soluções.